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24 Exportação do Setor Moveleiro de Santa Catarina tem significativa contribuição no desenvolvimento da região, aponta estudo da Embrapa A RELEVÂNCIA DA EXPORTAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO REGIONAL E studo realizado por pesquisadores da Embrapa analisou o setor moveleiro da microrregião de São Bento do Sul (SC). O objetivo foi caracterizar o setor dentro da cadeia produtiva florestal e sua importância no de- senvolvimento econômico da região. O estudo foi realizado entre janeiro e julho de 2020, e as entre- vistas com os agentes da cadeia produtiva foram realizadas na última semana de janeiro. Portanto, o estudo reflete a situação anterior à pandemia do novo coronavírus. Um dos resultados do estudo é o potencial de mercado para exportação, com muito espaço a ser ocupado. Diferentemente do restante do Brasil, o polo moveleiro de São Bento do Sul se especializou na produção de móveis de madeira maciça, com matéria-prima de plantios florestais, principal- mente com foco no mercado externo. “Ainda que tenha a maior produtividade de florestas plantadas do mundo, o Brasil tem uma participação extrema- mente tímida neste mercado”, explica o pesquisa- dor José Mauro Moreira, da Embrapa Florestas. O market share brasileiro no mercado mundial de móveis caiu de 1,95% em 2001 para 0,88% em 2018. “Temos uma produção de móveis quase totalmente amparada em florestas plantadas de pinus e eucalipto, baseados em sistemas de pro- dução sustentáveis. É de extrema importância apresentar isso para o mercado mundial”, reflete o pesquisador Jonas Irineu dos Santos Filhos, da Embrapa. “Este setor apresenta um grande po- tencial de crescimento, pois conta com elevada produtividade de madeira, grande mercado consu- midor mundial a ser explorado e elevado empre- endedorismo”, ressalta o pesquisador. “Somos pequenos, mas o ponto positivo é que há um mercado gigantesco para buscar”, diz Jonas Santos Filho. “O Brasil se destacou neste período na produção e exportação de celulose, mas não obtivemos o mesmo sucesso nas cadeias produtivas florestais de maior valor agregado, perdendo uma grande oportunidade de ampliar o desenvolvimen- to e a geração de empregos em regiões florestais no interior do país”, destaca José Mauro Moreira. Economia

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