MV 200
29 Para ela, o berço deve vir com manual de instalação em português e instru- ções básicas de como montá-lo e suge- re evitar os berços com revestimentos em plástico no seu gradil ou os que possuem degraus entre a cabeceira e as laterais. É preciso também ficar aten- to para espaçamento entre as grades. Mas tudo isso é definido nas normas da ABNT, que devem ser cumpridas pelos fabricantes. “O colchão também precisa ser ava- liado, pois deve ser firme e compatível com as dimensões do berço, evitando que o bebê possa prender os dedos em pequenos vãos, por exemplo”, enfatiza a curadora do projeto Habitat, acres- centando que é preciso minimizar qualquer risco de acidentes. Os principais pontos a serem observa- dos de acordo com a normalização dos berços são: • A distância entre as grades deve ser de, no mínimo, 4,5 cm e de, no má- ximo, 6,5 cm. Dessa forma, não terá perigo da cabeça, braços ou ombros ficarem presos. • Caso o berço tenha rodinhas móveis, é importante que, pelo menos, duas delas tenham travas ou sejam fixas. • O espaço que há entre o estrado e a lateral do berço não deve passar de 2,5 cm. Já o espaço entre as ripas do estrado não deve passar de 6 cm. • Caso alguma parte do berço seja feita de tela, os buracos precisam ter, no máximo, 7 mm. Assim não corre o risco de os dedinhos do bebê passarem por esses buraquinhos. • A altura deve ter no mínimo 60 cm de profundidade quando se colocar o estrado na última posição. Mas Gemile ainda destaca que é preciso pensar na distribuição dos móveis, dan- do preferência a colocá-los próximos à parede para facilitar o deslocamento dentro do quarto. “Deve-se evitar colo- car o berço sob janelas para não correr risco de possíveis escaladas perigosas, especialmente se não houver grades de proteção nas janelas”, lembra. “Infelizmente os quartos destinados aos filhos são meno- res. No nosso estudo de caso, o espaço para o quarto infantil possui somente 7,17 metros quadrados, o que exigiu mais criatividade na am- bientação. Aliás, este aspecto deveria ser considerado pelos fabricantes de móveis infantis, que poderiam inves- tir mais em peças multifuncionais”, sugere, acrescentando que a limitação de espaço pede que não se acumule muitos móveis, afinal a criança precisa de área para brincar, circular e crescer e o mobiliário muitas vezes não acom- panha esta fase de crescimento. “Como o berço é um dos itens de maior tamanho, partimos dele para a organização do espaço. Existem vários pontos a serem considerados na hora da compra do berço. O tamanho do móvel é apenas um deles. Por exemplo, o berço padrão americano costuma ter a medida de 1,30m por 0,70m. De qual- quer forma, são diversos os tipos de berço e opções que vão desde cômoda acoplada, trocador, armário, gaveteiro, até o berço que se transforma em uma mini cama”, enfatiza Gemile, lem- brando que o norte da pesquisa para o projeto Habitat foi a segurança. “Só analisamos as peças com certificação do Inmetro”, pontua.
RkJQdWJsaXNoZXIy MzE5MzYz