Móveis de Valor - Edição 205
32 moveisdevalor.com.br GESTÃO Por Guilherme Arruda, jornalista convidado O mundo tem mudado de forma espantosa com o surgimento de novas ferramentas e recursos. Internet, smartphones e nuvem já simbolizam o passado. Inteligência artificial, automação, arquiteturas adaptáveis e edição ge- nômica são o presente. Amanhã, quem sabe com- putação quântica. Não é preciso ser profeta para reconhecer a existência de uma onda devastadora chamada revolução digital. Pelo sim, pelo não, ela tem instigado empresários a fazer a seguinte reflexão: que modelo de fábrica terei em 2030? Tecnologias emergentes oferecem um mundo de oportunidades. Ajuda a conectar todos os aspectos das operações, da inovação de produto ao design, passando pela eficiência, ferramentas para trabalho remoto, até a colaboração afinada com fornecedores. Nesse modelo de fábricas inte- ligentes é possível checar a eficiência energética das máquinas, monitorar gasto com água, enviar alertas para situações incomuns e fazer manuten- ção preventiva à distância. Líderes setoriais sabem muito bem disso e tem sinalizado ao mercado que investimen- tos em recursos avançados geram novas abordagens e impulsionam os negócios de um jeito bem mais rápido do que antes. Para situar, o estudo Fluência Digital Glo- bal, realizado pela consultoria Accenture, que mede o grau de transformação digital hoje no mundo, identificou que apenas 14% das empresas são digitalmente maduras, e valida o que foi dito acima: organizações com maior fluência digital podem obter grandes retornos em inovação, experiên- cia das pessoas e valor para o cliente. No Ranking de Competitividade Digital elabo- rado pela escola de negócios IMD, com sede na Suíça, o Brasil aparece na 57ª posição entre 63 países avaliados. Sequer está à frente de países latino-americanos. Estados Unidos, Cingapura, Suécia, Dinamarca e Suíça são as locomotivas mundiais. A REVOLUÇÃO DIGITAL TEM PROVOCADO MUDANÇAS RADICAIS NO MODO DE PRODUZIR, VENDER E ATÉ DE SE RELACIONAR O MODELO FABRIL DO FUTURO VAI ALÉM DA INDÚSTRIA 4.0 E CHEGA AO CONCEITO DE FÁBRICA INTELIGENTE NO BRASIL, A PERCEPÇÃO É DE QUE MENOS DE 20% DOS FABRICANTES DE MÓVEIS POSSUA ALGUM GRAU DE ADEQUAÇÃO Fábricas inteligentes vão causar estragos aos concorrentes
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