Móveis de Valor - Edição 206
55 moveisdevalor.com.br POR DENTRO DA ALMA DE UMDESIGNER DE MÓVEIS A designer Federica Biasi vive em Milão e estudou no IED – Istituto Europeo di Design. Ao ser perguntada sobre sua ideia de design, responde: “Quase sempre começo com algo que me chama a atenção, um detalhe, um material, uma forma e muitas vezes me vejo projetando o que me intriga. Tenho uma abordagem muito emocional e estética. Gosto da ideia de que o toque feminino não se transmite apenas através de uma decoração, mas também pela suavidade geral das formas, por uma combinação delicada e sempre bem pensada de materiais e cores. Ela concorda que assistimos a um regresso ao Art Déco, mas ressalva que já está mudando. “As formas são simplificadas novamente e as cores suavizam”, explica. “O designer terá de se adaptar à tecnologia envolvente, com formas simples, atentas ao funcionamento e não apenas à estética”, acrescenta. Arquiteto e designer, Marco Lavit Nicora mora em Paris e Milão, estudou em Paris e Melbourne. “Quando desenho um objeto, penso com mais facilidade em algo ad hoc, personalizado e único, como acontece em projetos de grande escala, como casas. Não gosto de designs que camuflam ou escondam as partes menos bem-sucedidas ou menos limpas por dentro. O processo de design deve levar em consideração a limpeza do objeto como um todo, a montagem, a beleza e o charme do elemento composto. Isso, na minha opinião, faz parte da beleza de um produto”, revela. Na edição de janeiro deste ano, a Vogue perguntou a designers de interiores de renome quais as tendências que veremos em 2021. Uma palavra dominou: conforto. O conceito em todas as formas está se tornando mais relevante do que nunca. “A importância do conforto, do bem-estar e sustentabilidade continuará a ser uma prioridade”, assegura Sheila Bridges. Outro ponto identificado é que teremos menos móveis produzidos em massa e mais retrabalho de peças familiares antigas ou que você já possui. “A tendência é abraçar o que dura, o que é bem-feito e o que te faz sorrir”, atesta Robin Standefer. “Diria que 2021 será um ano de atribuição de significado a peças cuidadosamente selecionadas, o ano do artesão, do artista”, arrisca Robert McKinley, do Studio McKinley. “Acho que vamos nos afastar de estilos grandiosos e arrebatadores para uma estética mais crua e casual. As casas se tornarão texturais e repletas de elementos de calor - elementos ancorados. Espero ver um design mais regional e local do que nunca”, conclui McKinley. FEDERICA BIASI MARCO LAVIT NICORA SHEILA BRIDGES ROBIN STANDEFER ROBERT MCKINLEY
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