Móveis de Valor - Edição 213
38 moveisdevalor.com.br O ano de 2021 foi conturbado no mercado moveleiro/colchoeiro do País. Diferente do que muitos imaginavam, a esperança de melhora na situação pandêmica durou poucos meses, e a segunda onda de Covid-19 chegou como uma enchente avassaladora. Mesmo quem havia conseguido contornar as dificuldades do mercado em 2020, sofreu em 2021. Afinal, depois de um ano de pandemia os poucos que tinham uma reserva financeira ou estoque guardado, já haviam esgotado seus recursos. E o aumento do contágio do corona- vírus no início deste ano, criou um quadro ainda mais preocupante do que no ano anterior e refor- çou o aumento no preço dos insumos que foram se tornando cada vez mais escassos.“ Por outro lado, surgiu uma onda de consumi- dores mais conscientes, especialmente quando o assunto é qualidade de vida. Depois de tanto tempo em casa as pessoas passaram a ter um olhar mais atento em relação a suas casas e a necessidade de ter conforto dentro dela. Ou seja, de um lado vimos o mercado sem recursos e do outro consumidores querendo comprar itens que proporcionassem mais conforto. Esse cenário de consumidores em busca de qualidade de vida através de produtos de valor agregado, em contraponto com a forte elevação do custo dos insumos que afeta a indústria, ref lete em aumento expressivo no ticket médio dos móveis e colchões. E, como se a situação já não fosse desafiadora o bastante, 2021 também foi marcado pela perda de poder aquisitivo dos consumidores, intensificado pela alta da inf la- ção. “Isso fez com que as pessoas precisassem optar por produtos que caibam no orçamento e, em vários casos, optando até pelo adiamento da compra”, conta Marco Antonio Prezia, diretor comercial da BekaertDeslee. Por Gabrielly Zem, jornalista O fenômeno do downgrade no Brasil EM BUSCA DE CONTORNAR A CRISE, MUITOS FABRICANTES REDUZEM A QUANTIDADE DE MATÉRIAS-PRIMAS E SUBSTITUEM INSUMOS POR OPÇÕES MAIS BARATAS PARA BAIXAR O PREÇO DOS PRODUTOS GESTÃO
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