Universo Abicol

UNIVERSO ABICOL | 16 Inmetro na reunião da Comissão de Combate à fraude A reunião mensal da Comissão de Combate à Fraude também foi realizada emBrasília e contou com as presenças de Volnei da Cunha e Marcelo Monteiro, diretor de Avalia- ção da Conformidade do Inmetro. Tanto o presidente da Abicol, Rodrigo de Melo, como o diretor da comissão, Cristian Burigo, destacaram a presença dos represen- tantes do órgão na reunião, como forma de esclarecer dúvidas e estreitar as parcerias. Marcelo Monteiro afirmou que os equipa- mentos doados pela Abicol chegaramao la- boratório do Inmetro e que isso vai ser muito útil na realização dos ensaios. Destacou que a parceria coma entidade é importante na luta paramoralizar o setor. Volnei Cunha falou que está há umano na diretoria da Avaliação da Conformidade e que o órgão vemcom nova abordagemna vigilância demercado. Tambémagradeceu a doação da Abicol e que isso vai permitir amontagemde laboratório. Quanto à reconsideração da classificação do colchão, Marcelo Monteiro lembrou que o decreto de 2023 comportarias a serem revisa- das não inclui colchões, mas sugeriu envio de mais evidências. A diretora executiva Adriana Pierini questio- nou que outras evidências são necessárias e, inclusive, mostrou relatório dos testes feitos emcolchões pelo Observatório do Colchão. O relatóriomostra que 40% dos colchões de espuma não atendem índices dimensionais; 68% não atendema densidade; 22% não atendem teor de cinzas e 54% não atendem etiqueta. No total, 85% não atendemalguma especificação. Nos colchões demola, 50% não atendemas especificações. E Adriana refor- çou que todas as amostras foramcompradas em loja e aproveitou para apresentar fotos de colchão testado pela Falcão Bauer, quemos- tra irregularidades, como uso de diferentes densidades de espuma e até capa de bloco de espuma. Diante disso, ela perguntou: “Que evidências mais o Inmetro precisa?”. O presidente da Comissão de Normas e Certificações, Rogério Coelho, emendou dizendo que hoje o setor está no pior dos mundos, porque existe norma, mas o fato do colchão estar na classificação 1 o deixa fora das prioridades de fiscalização, por- que, teoricamente, oferece pouco risco ao consumidor. Ele questionou: “Quais medi- das legais existem? O que se pode fazer? Marcelo Monteiro respondeu que existem ações a serem tomadas e se comprometeu a trabalhar em favor do setor. Uma das su- gestões é levantar números de quantos tra- balhadores no Brasil pediram afastamento do trabalho por problemas de saúde que possam ser causados por pelo uso de col- chão de má qualidade. Outro assunto tratado na reunião foi o treina- mento dos fiscais em uma fábrica de móveis, e o presidente da Comissão de Relações Institucionais, Alexandre Pereira, colocou a fábrica da Orthocrin à disposição para se fazer um treinamento presencial dos fiscais. A sugestão é que este treinamento também possa ser transmitido online, de forma a al- cançar mais fiscais. Já o retorno da exigência de anuência de importação, que preocupa os fabricantes, já que antes eram verificadas no desembaraço e hoje dependem da fiscali- zação, ficou sem resposta. Por fim, Marcelo Monteiro informou que em julho será feito ummutirão em lojas de colchão, com intuito principal de informar os lojistas sobre suas responsabilidades ao vender colchões não conformes. Volnei da Cunha e Marcelo Monteiro, do Inmetro

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