Universo Abicol
UNIVERSO ABICOL | 17 UA: Como avalia o estágio da entidade hoje, considerando as conquistas obtidas até agora? FR: Para que uma associação se fortaleça e prospere, é preciso ter muita visão e boa vontade. O que nos motivou foi o desejo de que a associação assumisse a respon- sabilidade pelos interesses coletivos. E isso vem acontecendo. UA: Na sua opinião, a proximidade com órgãos como Inmetro, tem facilitado a revisão das normas, por exemplo? FR: Foi justamente o relacionamento com o Inmetro, anterior à criação da associa- ção, durante a fase de normatização, que nos proporcionou a capacidade e garra necessárias para prosseguirmos com a estruturação da associação. O Inmetro foi muito importante, como ainda é hoje. Nós ficamos respaldados por um compromisso que é exigido por lei, obrigando a confor- midade de todos no país aos requisitos mínimos estabelecidos. O mercado está em constante evolução, é crucial manter a proximidade contínua com o Inmetro, garantindo agilidade nas adaptações necessárias às normatizações. UA: Quais são os próximos desafios a se- rem vencidos no curto e médio prazo? FR: Qualquer associação de classe vive o momento, no qual são criadas soluções para os problemas e necessidades emergentes. É assim que se pratica a política classista. UA: Quais são os desafios mais urgentes que afetam o setor hoje? FR: Manter a classe coesa e respeitar o setor. Na associação, o princípio não é a prevalên- cia de marcas, mas sim priorizar a qualidade do colchão, independentemente da marca. As ações na associação são institucionais e voltadas para o benefício de todos. A regra é não favorecer nenhum fabricante em particular, mas sim promover a qualidade do produto. UA: Como recebeu a comenda Notável Industrial Colchoeiro e como vê este tipo de homenagem que visa reconhecer os pioneiros deste setor? FR: Agora, o nome da comenda é Félix Raposo, eu fui duplamente homenageado. Isso me enche de orgulho, mas sei que este reconhecimento é pelo que fizemos juntos. Ninguém é só, ninguém faz nada sozinho. Tudo é realizado em conjunto. UA: Neste ano, o Encontro Nacional da Indústria Colchoeira se torna interna- cional, na sua opinião essa visibilidade internacional pode trazer benefícios para a entidade e para o setor? FR: Antigamente, eu poderia afirmar que o setor estava atrasado em relação ao que ocorria internacionalmente, até aproxima- damente o final da década de 2010. Nos anos 1990, tínhamos alguns dos piores colchões produzidos no mundo; no entan- to, hoje temos alguns dos melhores. Essa evolução se deve, em grande parte, às via- gens dos fabricantes para o exterior e às visitas a feiras internacionais fora do país, uma prática que teve início na década de 1990 e continua até hoje. No início, eram quatro ou cinco fabrican- tes que faziam viagens para a Ispa e para a Interzum. Em 1992, foram quatro fabri- cantes; em 1994, foram seis; e em 1996, 32 fabricantes foram para a Ispa, nos EUA. Essa influência internacional ampliou nos- sa visão, permitindo-nos observar outros mercados, mesmo que diferentes, e trazer ideias e aprendizados valiosos. O Brasil hoje surpreende pela capacidade de adaptação
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