Anuário de colchões 2022

172 Anuário de Colchões Brasil 2022 Atualmente, o número de empresas que fabricam col- chões no Brasil gira em torno de 340. Estima-se que os efeitos da pandemia desativaram, em definitivo, cerca de 80 unidades de pequeno porte dedicadas à fabricação de colchões no território brasileiro. Ainda assim, o setor mantém seu poder por ser um mercado que movimenta cerca de R$ 12 bilhões anualmente. Vale ressaltar que o Brasil produz pouco mais de 17 milhões de unidades de colchões por ano, considerando nessa conta colchões e colchões acoplados, excetuando-se as bases. O impacto da pandemia atinge todos os mercados, todos os setores, todas as empresas e, de uma forma ou outra, todos os indivíduos. De modo geral, com a necessidade do distan- ciamento social, com as medidas de proteção e segurança forçando as pessoas a ficarem mais em casa, os produtos com potencial de promover mais conforto e bem-estar foram, sem qualquer dúvida, mais exaltados e procurados. O colchão passou a ter também maior reconhecimento na última parte de 2020. No entanto, a escassez de maté- rias-primas, o estrangulamento da logística mundial, o descompasso entre estoques e demanda, ainda causa a elevação constante dos preços, do dólar, dos juros e, com isso, a inflação e o desaquecimento do mercado. Os fabricantes de colchões absorveram o máximo pos- sível a elevação dos custos que, como acontece com os demais setores, induz ao aumento do valor gasto na produção que, em algum momento, reflete no preço dos produtos. O que se sabe também é que uma visão otimista é sempre possível. O setor colchoeiro é otimista na sua essência, afinal, sobreviver tendo que lidar desde sempre com a carência de políticas que protejam o setor de práticas anticompetiti- vas já é um sinal de força e de resiliência do empresário, onde o pessimismo não tem vez. Admitir que nunca foi fácil e que sempre o setor vence as adversidades é um grande estímulo para os colchoeiros, fazendo com que a maioria das empresas não se desespere com as previsões daqueles que se julgam realistas. Em qualquer situação, a forma como se reage às previ- sões, é determinante para definição de como se conquista o futuro que se pretende. Venha o que vier, facilitando ou dificultando os negócios colchoeiros, o setor segue mos- trando a sua força. Aliás, os fabricantes de colchões são muito bem treinados pelo fato de não terem um histórico de receber incentivos do governo, por exemplo. Na maio- ria das vezes, os colchoeiros são pelos próprios colchoei- ros. Obviamente, os apoios serão sempre reivindicados e muito bem-vindos. O atravessar da pandemia é mais um daqueles momentos propícios para se pensar “fora da caixa”. Parece clichê, mas é a opção que o setor tem. Nada será mais como era antes. O mundo mudou, as pessoas mudaram e o modo de consumir está acompanhando essa mudança. Não adianta comparar produtividade ou resultado de hoje com os números de antes da pandemia, o mundo está em um outro momento, incomparável. Não adianta ser contra ou a favor a esse “novo normal”, os colchoeiros, assim como os demais setores, terão de lidar com ele, com as armas disponíveis para todos que quiserem permanecer no jogo: serenidade, sabedoria e criatividade. No curto prazo, para os otimistas, sobreviver será o novo sucesso. Como está o setor colchoeiro nesse cenário e qual o impacto sofrido pela pandemia?

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