Anuário de colchões 2022
51 Anuário de Colchões Brasil 2022 muitas métricas e dependência dos algoritmos que afetam a entrega, como garantir que os fa- bricantes de colchões alcancem o seu público? O caminho é ter público próprio. Ainda mais que a tendência para o próximo ano é o conteúdo perso- nalizado crescer de importância: as pessoas serão mais seletivas sobre o que consomem com a pers- pectiva de novas mudanças no cenário digital. Para entender, o marketing se apropriou da palavra “conteúdo” e criou o content marketing, pegando carona no avanço da internet. Na ver- dade, deu uma nova roupagem para algo que já existia. Um dos primeiros registros do marketing de conteúdo é o da John Deere, no final do século XIX, seguido por Sears (1922), Procter & Gam- ble (1932), Lego (1987) e Microsoft (2004) para citar alguns. No Brasil, a Latam (2004) e o Banco Itaú (2010) são cases mais conhecidos, confor- me Cassio Politi, fundador da Tracto Content Marketing, especialista em conteúdo educativo. Por definição, marketing de conteúdo é um método cujo objetivo é gerar resultados efetivos por meio da entrega de mensagem relevante ao público-alvo. É estruturado para sobreviver à disputa cada vez mais acirrada pela atenção do público. E aqui vai uma recomendação: ele é orientado para o cliente, e não para a marca. As empresas devem publicar aquilo que sabem, e não o que vendem. Para deixar claro, não deve ser confundido com propaganda. É focado em atender às necessidades informadas pelos clien- tes para que eles se interessem pela marca. Daí a necessidade de ter um cadastro próprio. Mas cuidado para não cair na tentação de, tendo o cadastro em mãos, contatá-lo comercialmen- te, como fazem muitas empresas que seguem o modus operandi do inbound marketing. Para Joe Pulizzi, um dos maiores especialistas no assunto, é preciso observar o tipo de ação que a pessoa está propensa a fazer. “Talvez queira comprar, mas talvez queira passar mais tempo apenas desfrutando o conteúdo. E sabe qual é o problema? As empresas avançam muito rápido para as vendas. Tipo: ‘fizemos este blog há três meses, agora vamos vender, vender e vender”. Está errado. A empresa nem sequer chegou ao ponto de formar um público fiel. Leva meses ou mesmo anos para o resultado aparecer. Nenhu- ma empresa constrói um público fiel da noite para o dia. Content marketing é uma marato- na, e não um sprint. Muitas fracassam porque apressam o processo antes de construírem um público fiel”, alerta o consultor americano. Antes de propor perguntas para as pesquisas, pense em qual é a necessidade e expectativa desse cliente. Há diferenças. Necessidade é um requisito a ser satisfeito. São os produtos que você comercializa que atendem às necessida- des dos clientes. Expectativa, ao contrário, não é sintoma de falta. É algo que se deseja sem necessariamente ter necessidade. Expectativa não é sobre um produto, mas sim sobre tudo que envolve o ato de compra. Necessidades e expectativas são os dois lados da demanda. Precisa dar uma razão para ele se cadastrar. Leela Srinivasan, dire- tora de Operações da Survey Monkey, em- presa líder em software de pesquisa, entrou em contato com sua rede e descobriu cinco princi- pais perguntas que devem ser feitas aos clientes. 1 - O que minha empresa pode fazer para Leela Srinivasan, diretora de Operações da Survey Monkey melhor atender as suas necessidades? 2 - Quão satisfeito você está com nossos produtos?
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