Anuário de colchões 2023

Anuário de Colchões Brasil 2023 107 lar, seis meses depois da compra”, relata a consumidora. “O que nós não esperáva- mos é que o segundo colchão apresentasse o mesmo defeito”, continua Fabiana. Ao detectar a mes- ma deformação, a consumidora entrou novamente em contato com a assistência técnica. No entanto, dessa vez, não foi tão fácil obter o retor- no do fabricante. “Quando finalmente (sete meses depois da primeira troca) recebemos em casa o representante para avaliar o estado do colchão, ele confirmou o que sabíamos, que realmente o colchão estava ‘condenado’. E disse que devíamos aguardar a autorização da fábrica para a substituição”, conta Fabiana, acrescentando que o profissional chegou a aconselhar que o casal voltasse à loja e escolhesse outro modelo. Além disso, na visita, o representante informou que o modelo do colchão saiu de linha devido a quantidade de reclamações. “Mas, para nossa surpresa, dias depois recebemos um e-mail da fabricante informando, numa res- posta padrão, que após vistoria realizada não foi constatado vício ou defeito no produto”, relata a consumidora. Ainda segundo ela, a deformação do segundo colchão estava maior do que a do primei- ro (que teve a troca autorizada). “Eles também nos falaram que o colchão estava completamente dentro dos padrões definidos pela ABNT, que prevê acomodação de até 10% para produtos acima de 30 centímetros de altura, ou acomodação de até 8% para produtos com até 30 centímetros de altura”, conta Fabiana. Diante dessa situação, a consumidora considera a decisão da marca incoerente, levando em conta a avaliação do produto e as informações passadas pelo técnico na visita. “Além de ser um descaso com a nossa saúde, já que está nos causando dores nas costas”, pontua a consumidora que agora quer desfazer a compra e reaver seu dinheiro. Fabiana Costa e seu marido Fernando Penteado Consumidores insatisfeitos podem trazer graves problemas para as marcas de colchões Infelizmente, Fabiana não é a única a passar por esse tipo de situação. Só no site do Reclame Aqui, plataforma exclusiva para a reclamação de consu- midores, há mais de 13 mil brasileiros reclamando de colchões, dentre eles, cerca de dois mil relatam casos de deformações nos produtos e mais de três mil apontammá qualidade nos colchões. Além dos casos de colchões com defeitos, há tam- bém aqueles que sofrem com golpes na hora de comprar colchões e, após efetuarem o pagamento, não recebem o produto. Esse é o caso de Wagner Gomes, que comprou um colchão e passou mais de quatro meses esperando o produto sem obter ne- nhum retorno da empresa. “Entrei em contato com a marca, em julho de 2022, através de um anúncio de televisão. A princípio fui atendido super bem, o pessoal foi super atencioso comigo e manda- ram um representante até minha residência para fazer a demonstração do produto”, conta Gomes, acrescentando que após essa visita ele fechou a compra e foi informado que o colchão chegaria em, no máximo, 40 dias. Quando a equipe da Móveis de Valor conversou comGomes, em novembro de 2022, o prazo de entrega já havia sido ultrapassado emmais de dois meses e ele ainda não havia conseguido nenhum retorno da empresa. “Ligo no SAC e não consigo atendimento, por e-mail eles não me respondem e pelo WhatsApp começa o atendimento mas logo pedem pra eu aguardar e, depois de muito tem- po de espera, chega uma mensagem encerran- do o atendimento. Estou sem respostas desde então”, lamenta o consumidor. Além disso, apesar do representante que foi até sua casa ter deixado o contato, ele também não atende. “Quando eu ligo no número de vendas eles aten-

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