Anuário de colchões 2023

108 Anuário de Colchões Brasil 2023 dem de imediato, mas não transferem a ligação para alguém que me dê respos- tas”, relata Gomes, enfati- zando que está pensando em acionar a justiça para reaver seu prejuízo. “Es- tou superchateado. Essa é uma empresa que se diz de grande referência nes- se segmento e está apli- cando golpes em várias pessoas em todo Brasil”, conclui o consumidor. Além dele, Sthefanie Vittorel também comprou um colchão da mesma marca em janeiro de 2022 e até novembro não havia recebido o produto. “Re- cebemos um representante em nossa casa que nos explicou tudo sobre o colchão e suas funções medi- cinais. No mesmo dia fechamos a compra e fizemos o pagamento à vista”, relata Stephanie. “O prazo passado para a gente, para a produção e a entrega do produto, foi de trinta dias”, conta a consumido- ra, que após o fim desse prazo entrou em contato com a empresa e foi informada de que o colchão não havia sido produzido ainda devido à falta de insumos, ocasionada pela guerra na Ucrâ- nia e pela pandemia. “Duas semanas depois entrei em contato com a empresa novamente e eles me falaram que ainda não havia nem previsão para a entrega do colchão”, relembra Stephanie, que depois dessa ligação decidiu pedir o cancelamento da compra. “Forammais de 10 dias tentando cancelar a com- pra e eu só consegui o retorno deles depois de fazer uma reclamação no Reclame Aqui”, relata a con- sumidora. No entanto, mesmo depois da compra cancelada, ao invés de seguir o Código de Defesa do Consumidor e devolver o dinheiro em até sete Quadro de reclamações de consumidores de colchão no Reclame Aqui Wagner Gomes passou mais de quatro meses esperando seu colchão Sthefanie Vittorel, consumidora está tentando reaver o dinheiro do colchão que comprou e nunca foi entregue dias úteis, a empresa informou Sthefanie que essa devolução seria feita apenas após 90 dias do can- celamento. “No final desse prazo entrei em contato com o Procon e eles me informaram que a empresa respondeu a notificação deles falando que reconhe- ceu seu erro, mas que estava passando por dificul- dades financeiras e que não conseguiria devolver o meu dinheiro”, lembra a consumidora, acrescen- tando que eles pediram mais 90 dias úteis para devolver o dinheiro e ela recusou a proposta. “Eu pedi meu dinheiro à vista com a correção”, enfatiza Stephanie. No entanto, até o fechamen- to desta reportagem (11 meses após a compra do colchão), a consumidora ainda não havia recebi- do seu dinheiro de volta. Mas, afinal, como evitar a insatisfação dos clientes, seja pela venda de um produto de má qualidade ou por atrasos na entrega? Quais pontos precisam ser constantemente analisados pelas empresas para que elas não tenham seus nomes citados no Reclame Aqui ou, ainda pior, não tenham mais prejuízos com a desconfiança dos consu- midores com a marca? COMO TERMAIS CLIENTES SATISFEITOS Para Iris Gelbcke, lojista de colchões há mais de duas décadas (e considerado pelo Anuário de Colchões o maior vendedor do Brasil), o primeiro ponto para evitar que os consumidores se sintam prejudicados na hora de comprar colchões é apre-

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