Anuário de colchões 2023
138 Anuário de Colchões Brasil 2023 trocar os colchões velhos (vencidos), por um novo, cer- tificado pelo Iner. “Nosso objetivo era orientar o consu- midor que, com o passar do tempo, o desgaste natural do colchão pode afetar a coluna. Ao mesmo tempo, a umidade, o calor e o suor também contribuem para a proliferação de fungos e ácaros, tornando o colchão inadequado ao uso”, explica o ex-diretor. Atualmente, os colchões certificados pelo Iner são fiscalizados mensalmente no varejo e testa- dos em laboratórios de alto nível. “O setor colchoei- ro evoluiu muito ao longo desses 38 anos de exis- tência do instituto”, observa Antônio. “No entanto, ainda é notório o pouquíssimo investimento de algumas empresas em campanhas, visando apre- sentar seus produtos com qualidade e orientações aos consumidores”, continua o ex-diretor. Outro ponto analisado por Antônio ao longo dos anos dentro do Iner, é que muitas empresas ficam sempre esperando que o governo resolva sobre a qualidade dos produtos, esquecendo que já existem normas técnicas e certificações à disposição. “Mesmo assim, ainda hoje alguns Iris Gelbcke, proprietário da Vitrine Móveis A certificação precisa ser mais abordada nos discursos de venda de colchões fabricantes não seguem essas regras de qualidade oficializadas pelos órgãos governamentais”, pontua. A CERTIFICAÇÃO AOS OLHOS DOS LOJISTAS “Comercializo colchões há 27 anos, já atendi algumas dezenas de milhares de clientes até hoje, e pasmem, nunca fui interpelado sobre os selos do Inmetro ou do Iner por nenhum cliente”, conta Iris Gelbcke, lojista de Santa Catarina. “Os clien- tes sabem que existem estes órgãos, mas isso não é nenhum pouco decisivo para escolher este ou aquele produto”, continua o comerciante. No entanto, mesmo observando a pouca impor- tância que os consumidores dão para o selo, Iris, como proprietário da Vitrine Móveis e Colchões, entende e reforça a necessidade das certificações. “Considero o Inmetro e o Iner órgãos funda- mentais para termos produtos de qualidade”, reitera. “Como lojista, não só percebo, como é uma exigência interna, ter em minha loja ape- nas produtos aprovados pelo Inmetro, porque assim me mantenho convicto de que eles foram testados e aprovados”, explica Iris. “Com esta atitude tenho um índice de assistência insig- nificante nos produtos que eu vendo. E, claro, menos assistência, menos despesas para trocas, menos reclamações e mais clientes satisfeitos”, observa o vendedor de colchões. Ainda segundo ele, sua loja comprovou essa teoria na prática. “Na Vitrine Móveis e Colchões, já comerciali- zamos algo próximo a 30 mil colchões e nunca tivemos um caso de Procon”, comemora Iris. “Em nossa rotina, utilizamos o selo do Inmetro como balizador para atestar que os produtos que comercializamos tem qualidade”, reforça o em- presário. Além disso, ele reitera que sua equipe também está preparada para responder pergun- tas sobre os selos e explicar a importância deles para os clientes. No entanto, ele acredita que as informações que chegam aos lojistas sobre as certificações ainda são muito superficiais e que é preciso que sejam realizadas mais campanhas que não só levem informações aos vendedores como também conscientizem os clientes finais.
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