Anuário de colchões 2023
162 Anuário de Colchões Brasil 2023 Sobre a redução de desperdício nos processos, Beatriz frisa que o monitoramento e controle da cadeia de resíduos é algo determinante para a empresa permanecer em adequação com os princípios ESG. “O que buscamos, atualmente, é a aquisição de produtos semiacabados que geram menos etapas produtivas e, consequentemente, redução de resíduos e desperdícios. Outro ponto relevante são as tecnologias de informação e con- ceitos de Produção Enxuta (Lean Manufacturing) as quais permitem que se produza o que foi vendi- do, reduzindo os estoques (que são considerados desperdícios). Simultaneamente, nosso sistema de Gestão da Qualidade implanta periodicamente programas de melhoria contínua que mapeiam e revisam processos à procura de oportunidades para os tornarem mais eficientes”, destaca. Para a diretora executiva da Americanflex, a logística reversa precisa ser vista como um dos assuntos principais quando se trata de susten- tabilidade. “Pensando em agilizar os processos, nos unimos a uma importante empresa do setor de administração de resíduos sólidos das indús- trias. Hoje, a Americanflex é detentora do selo de qualidade EU RECICLO, o qual comunica para nossas partes interessadas a conformidade da nossa empresa com a legislação ambiental. Estamos atuando com a logística reversa de embalagens e em constantes estudos qualitati- vos para aumentar essa solução para o produto completo”, salienta. BRASIL ESTÁ ENGATINHANDO Os diretores da Copespuma Industrial, Danny Sapiro e Gisele Sapiro Levi, en- fatizam que toda matéria-prima de uma empresa representa custo de seu meio industrial e de sua mercadoria vendi- da. “Sendo assim, temos programas na Copespuma para mensurar perdas, montantes de aparas e meios para mi- tigar processos na busca de reduções. Só é possível trabalhar com redução de perdas e uso indevido (desperdí- cios) quando se consegue mensurar a quantidade em questão, após a con- clusão destes números, temos trabalhado para análise de processos que diminuam tais perdas”, desta- cam. Como exemplo de processo que passou por remodelação, conforme os empresários, está o setor de corte de tecidos. “Investimos em mapeamen- to dos desenhos de cortes, buscando maior abrangência nas áreas de ocupação dos moldes, possibilitando uma diminuição de sobras e retalhos”, contam. Sobre as políticas que englobem a reciclagem ou a sustentabilidade, os empresários são enfáticos: “Nós, da Copespuma, somos interessados e proa- tivos. No entanto, a política de logística reversa de colchões ainda é um assunto a ser discutido entre os países da América do Sul. Seja por falta de tecnologia favorável ou por uma cultura ainda não direcionada, o Brasil está engatinhando neste Danny Sapiro e Gisele Sapiro Levi, diretores da Copespuma Industrial O descarte correto de colchões fora de uso ainda é um desafio a ser superado
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