Anuário de colchões 2023

Anuário de Colchões Brasil 2023 171 fundador, de aprender a fazer outros modelos de col- chões além daquele feito com enchimento de capim. Essa inquietude em pouco tempo levou-o a evoluir para colchões de mola, espelhando-se ao que existia no mercado desde os anos 1930, como a empresa Raphael Musetti, primeira fábrica de molejo do Brasil, e a Epe- da, que produzia colchões de mola ainda num formato rudimentar. A segunda foi a Castor, que automatizou o processo das molas e aperfeiçoou o sistema, desenvol- vendo as molas ensacadas individualmente, com cola- gem Hot Melt e pré compreensão das molas, criando a evolução tecnológica de um sistema que até então era extremamente rústico. Hélio Silva tinha outros sonhos. RUMO AO DISTRITO INDUSTRIAL No início dos anos 1980, o Brasil viveu um período difícil. Com dois choques do petróleo nas costas, em moratória com organismos internacionais, recessão, desemprego em alta e tentativas fracassadas de conter a inflação, era o típico cenário de terra arrasada. Em Ourinhos, as instala- ções da Castor na Vila Musa, porém, se mostravam insu- ficientes para dar conta da produção e dos planos do Dr. Hélio Silva. Sua disposição era crescer, pois estava convic- to de que o caos iria acabar e ele queria estar preparado para quando este momento chegasse. Assim, com esta visão em mente, nasceu a ideia de construir uma estrutura moderna, com 4.000 me- tros quadrados de área construída, capacidade para acomodar o tamanho do seu sonho materializado em 1984 com a inauguração das instalações no Distrito Industrial, três quilômetros da antiga sede. “Vi nascer esta fábrica, acompanhei de perto desde o início com a terraplanagem. A intenção era expandir os horizontes, abrir o leque para vender mais”, atesta Helio Antonio, que não esquece a importância da participação da mãe, Maria Eunice, no apoio ao projeto. “Foi um divisor de águas”, reforça Helenice Silva Mi- guel, diretora administrativa da Castor. ‘’A ousadia de uma nova fábrica, com uma estrutura que permitisse o desenvolvimento da empresa frente a tantos desafios vividos na década de 1980, foi um grande passo que nos impulsionou a uma nova fase de crescimento, desen- volvimento e posicionamento da Castor no mercado’’, afirma Helenice. HELIO ANTONIO SILVA, CEO DA CASTOR HELENICE SILVA MIGUEL, DIRETORA ADMINISTRATIVA

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