Anuário de colchões 2023

Anuário de Colchões Brasil 2023 23 manda doméstica. Aqui, vale lembrar, que as exportações de colchões não alcançam 300 mil unidades e as importações bem menos que isso. Mas a pandemia foi um divisor de águas, como cos- tuma-se dizer. O temor com a chegada do vírus obrigou as pessoas a ficarem em casa por um bom tempo. Na verdade tempo suficiente para avaliar melhor as condições dos colchões e demais móveis de sua residência. Esta foi uma atitude nunca vista na história recente na vida das pessoas. E a conclusão foi a mais lógica possível: os colchões estavam vencidos há muito tempo, comprometendo a qualidade do sono. Mas enquanto as pessoas concluíam sobre a necessidade de substituir os colchões, as in- dústrias e o comércio também paravam para cumprir exigências (um tanto absurdas) das autoridades sanitárias e dos governos estaduais e municipais. Foi a primeira vez que as pessoas queriam comprar e não tinham como fazê-lo. Mas tão logo o comércio voltou a funcionar a procura por colchões explodiu e todo o estoque disponível rapidamente desapareceu. Repor o estoque parecia o mais óbvio a se fazer, mas não havia matéria-prima disponível, prin- cipalmente insumos importados. Poucos navios estavam transitando e a rápida retomada do consumo forçou aumentos estratosféricos nos preços de produtos e... fretes. A mais antiga lei de mercado, oferta e procura e agora a procura era infinitamente maior. Resumindo, a pressão de oferta elevou os preços de colchões no varejo, em 2020, a quase 37%, com picos superiores a 50% em alguns estados, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Am- plo (IPCA) do IBGE (veja quadro). No mesmo período, o IPCA geral ficou em apenas 4,52% e o de móveis registrou deflação, com -3,2%. Mas com o atendimento da demanda inicial, embora os preços das matérias-primas conti- nuassem subindo, no varejo o IPCA de colchão em 2021 teve alta de apenas 4,7%. Um dos fato- res foi a medida adotada por muitos fabricantes de fazer mais com menos. Assim, operou-se a política conhecida por downgrade (rebaixar) para produzir mais. A redução da demanda, mais o recuo de preços via produtos mais baratos, se generalizou e, de janeiro a novembro, o IPCA de colchão havia subido apenas 2,37%, com um índice geral de 5,35% e móveis apresentava alta de 18,22%. O quadro parece ruim, mas os números contra- dizem o ânimo (ou falta de) dos fabricantes de colchões. Uma avaliação da evolução dos preços nos últimos três amos mostra uma expansão impressionante. Enquanto o IPCA geral subiu 21,19% entre janeiro de 2020 e novembro de 2022, o IPCA de móveis teve alta de 32,44% e colchão aumentou 46,61% no período. POTENCIAL DE COMPRA DE COLCHÕES SUPERA R$ 12,5 BILHÕES EM 2023 O comportamento do setor colchoeiro ao longo de três anos continua dando algum fôlego para aumentar o volume de recursos das famílias destinados à compra de colchões em 2023. A expansão é de 3,8%, segundo cálculos do estudo Mapa de Mercado, do Instituto Impulso, enti- dade administrada pelo Intelligence Group. A previsão é de alcançar R$ 12,487 bilhões. A seguir, veja a planilha com os 100 municípios com maior potencial de compra de colchões. Eles abrigam 40% da população brasileira e detém 55% do potencial de consumo. A região Sudeste concentra 56% deles, seguido pelo Sul, com 19; Nordeste, com 14; Centro-Oeste, com 6 e região Norte, com 5%. AC

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