Anuário de colchões 2023

30 Anuário de Colchões Brasil 2023 choeiro do Brasil, o fio de poliéster pode incomo- dar bastante também. “O antidumping no fio de poliéster foi adiado, mas tem potencial para se tornar um problema gigante, impactando princi- palmente em colchões mais simples, elevando seu custo”, ressalta Rogério Coelho. Quanto ao frete marítimo, o CEO da Orbhes destaca que caiu durante esse ano. “Teve uma explosão no valor do frete no ano passado, mas ele foi caindo ao longo de 2022. Apesar disso, ele ainda custa umas três vezes mais do que antes da pandemia, se mantendo na faixa dos 7 mil dóla- res/container”, observa. “Ainda há dificuldades de embarque e o tempo de transporte aumentou muito. Porém, a boa notí- cia, digamos assim, é que essa situação parou de piorar”, complementa Rogério Soares Coelho. A VISÃO DO FABRICANTE José Agnelo Seger, presidente do Grupo Herval, fez sua avaliação sobre as situações enfrentadas ao longo desses anos de instabilidade que começaram com a pandemia. “Durante o período pandêmico, presenciamos a escassez de insumos, o aumen- to de frete e a dependência das importações em geral. Contudo, usamos esse momento crítico para inovar e criar dinâmicas que potencializassem a verticalização do grupo, o que consideramos uma das nossas maiores fortalezas”, inicia. O presidente do Grupo Herval conta também sobre como a empresa conseguiu driblar parte desses problemas. “Como produzimos nossas espumas, molejos e estrutura de madeiras, focamos em manter nossos estoques de insumos abastecidos e conseguimos ser efetivos na produ- ção. Além disso, houve um incremento conside- rável nos preços das matérias-primas”, pontua. Agnelo é mais um que fala sobre as dificuldades causadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia que, aparentemente, não tem data para encerrar. “No cenário atual, ainda enfrentamos oscilação de câmbio e frete, mas não estamos enfrentando escassez de insumos. Temos grande preocupação com a produção de matérias-primas na Europa em função da crise energética provocada pela guerra entre Rússia e Ucrânia”. Luiz Fernando Ecco Stulp, gerente de negócios da Serflex Colchões, afirma que nesse momento o mercado está se comportando de uma forma mais estável e com sinais de aumento de ofertas em relação ao consumo. “Mesmo assim, com todo esse histórico recente, é muito importante manter um planeja- mento inteligente e dinâmico, e potencializara a aproximação com os fornecedores parceiros para manter a gestão de suprimentos dentro da balança de preços do mercado”, alerta. O gerente de negócios da Serf lex lembra que a empresa fez diversos exercícios para um me- lhor ciclo de compras e gestão de suprimentos. “Isso foi conectado às demandas e políticas co- merciais adotadas, reduzindo as incertezas e aumentando a confiança do time e dos clientes para manter o f luxo de vendas otimizado e pon- tual”, explica, ainda acres- centando que no cenário atual não estão acontecendo rupturas no abastecimento de matérias-primas. Como citado anteriormente por Rogério Coelho, o frete marítimo tem uma grande interferência no valor gasto com a im- portação de insumos, por isso, Luiz Fernando conta como a Serflex está lidando com isso. “Na relação dos fretes, vimos as cotações explodirem, bem como os custos em geral também, por isso, demanda o exercício e dinamismo na gestão de suprimentos e estar conectado aos fornecedores e transportes em geral”, afirma, acrescentando que historicamente a importação de diversos insumos tem benefícios e faz mais sentido em relação à compra no mercado interno. “Apesar de manter as importações no nosso negócio, não podemos José Agnelo Seger, presidente do Grupo Herval Luiz Fernando Ecco Stulp, gerente de negócios da Serflex Colchões

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