Anuário de colchões 2023
Anuário de Colchões Brasil 2023 33 ção indesejada pelos armadores internacionais”, enfazida, lembrando que outro tema é a inflação contratada para 2023, com o retorno de tributa- ções importantes que foram temporariamente suspensas ao longo de 2022, como impostos sobre combustíveis, por exemplo. Lars ainda pontua que o gasto das famílias brasileiras está sendo direcio- nado para o setor de serviços e que a indústria já realizou várias manobras para preservação de um ticket acessível para o consumo. “É notório que o Banco Central do Brasil tem buscado gerar estabilidade cambial, o que, claro tem sido (momentaneamente) impactado pelo ambiente eleitoral no Brasil e perspectivas de políticas econômicas de solidez duvidosa do novo governo, o que preocupa muito o mercado financeiro. Essa insegurança deverá gerar alta do dólar e esse movimento poderá neutralizar possíveis reduções de custos ao longo de 2023”, avalia Lars Müller. Para resumir, o general manager da Bekaert Deslee conclui: “Nossa visão para 2023 é que seja um ano de crescimento ainda moderado, devido a atual prioridade de consumo das famílias e a lenta recuperação do poder de compra”. Para José Agnelo Seger, o ano de 2023 deve ser desafiador. “Entendemos que o mercado oferece- rá desafios, no entanto, vislumbramos oportuni- dades de crescimento em mercados estratégicos e nichos que ainda não temos tanta presença de marca. Estamos inves- tindo cada vez mais em tecnologia e experiência do cliente e, desta forma, almejamos crescimento da Herval para 2023”, finaliza. Na opinião de Luiz Fernando Ecco Stulp, o futuro ainda parece um pouco nebuloso no setor de colchões. “Acredito que 2023 continuará seguindo o panorama atual de alta de ofertas no mercado, porém percebe-se muitas incertezas sobre como serão os próximos movimentos do setor. Já é claro que não há como definir um rumo certo para a cadeia de forneci- mento, principalmente por diversas decisões e mo- vimentos relacionados a fatores externos, que não temos controle e clareza dos movimentos”, avalia. O gerente de negócios da Serflex ainda aprovei- ta para fazer uma observação sobre as vendas de colchões aqui no Brasil. “Elas vêm se comportando de maneiras diferentes em cada tipo de canal de venda. Tivemos as principais altas no e-commerce e uma certa estabilidade nas vendas em lojas físicas”. “Enfim, precisamos, como colchoeiros, fortalecer e valorizar cada vez mais o que conquistamos para melhorar a qualidade dos produtos que estão no mercado, com as normas e regras esta- belecidas pelo Inmetro e as políticas de direcio- namento da ABICOL para garantir uma padro- nização e selo de qualidade nos produtos. Junto a isso, fortalecer nossa comunicação com lojistas e clientes, a fim de aperfeiçoar o entendimento dos benefícios, características e diferenciais de cada colchão”, encerra Luiz Fernando. AC O preço do aço também causou preocupação aos produtos brasileiros de colchões
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