Anuário de colchões 2023

90 Anuário de Colchões Brasil 2023 se é o mesmo preço e acaba comprando direta- mente conosco”, explica Trevizan. Quando o assunto é o pós pandemia, Trevizan conta que os primeiros meses foram excelentes, porém logo se tornou “uma tremenda dor de cabeça”. “Ninguém tinha insumos e não entre- gavam as encomendas dos clientes. Um cliente comprava e tinha de esperar em média 45 dias para receber. A alta procura, somada à baixa oferta de produtos, fez os preços dispararem e, consequentemente, a venda começou a cair gradativamente”, analisa. Ainda segundo ele, só agora a loja está conse- guindo se reerguer de fato. “Abrimos três boas lojas, uma no Shopping Maia, uma na Rua Augusta e outra na Roberto Marinho e pre- tendemos abrir mais três, estamos com muitas ofertas de pontos disponíveis, o que está mais difícil é mão-de-obra qualificada”, comenta. Trevizan, acrescenta, neste momento, a solu- ção encontrada foi a de contratar pessoas sem experiência e realizar um treinamento. “Recentemente adquirimos um programa da Infojobs para nos ajudar na captação e no pré recrutamento da nossa equipe. Acredito que o futuro está na automatização dos processos, não tem como fugir disso, quem não se atuali- za fica para trás”, observa o gerente comercial, acrescentando que a Copel, apesar de ser uma empresa muito tradicional, investe pesado em sistemas que facilitam o dia a dia da rede. Como principal canal de comunicação a loja utiliza as redes sociais. “Nosso foco principal é apresentar nossas promoções, onde disponibiliza- mos semanalmente um conjunto de produtos com descontos especiais”, conta o gerente, adicionando que tanto os clientes quanto a equipe de vendas adoram os conteúdos e costumam compartilhar. Com 57 anos de história, atualmente a Copel Col- chões trabalha com as marcas Dabe (fabricação própria), Dunlopillo, Simmons, Orbhes, Herval, Sankonfort e Gazin. Isso garante um mix muito diversificado, que busca atender as classes A e B. “De uns anos para cá o preço dos colchões dis- pararam, é utopia pensar que você pode atender todas as classes sociais”, analisa Trevizan. “In- felizmente o poder de compra das famílias mais humildes não permite comprar nem o básico, quem dirá um colchão novo”, acredita. Quando o assunto é a atual oferta de produtos das indústrias colchoeiras, Trevizan analisa que, apesar da oferta grande, há pouca diversidade de produtos. “Tudo é muito parecido em relação a modelo e preço. Dez anos atrás tínhamos nove tipos de molas em diversos produtos, agora o que reina é a mola ensacada, neste sentido tive- mos um downgrade muito grande”, obser- va. “Por outro lado, com a entrada do Inmetro as espumas se tornaram melho- res. Ou seja, perdemos de um lado, mas ganhamos de outro”, acrescenta Trevizan. Para 2023, as expectativas da Copel Col- chões são de continuar abrindo novas lojas e voltar a se fortalecer no mercado após o longo período de recuperação judicial enfrentado. Além disso, a marca pretende investir cada vez mais no e-commerce. “Agora nossa meta é crescer, tanto em relação ao nosso número de lojas físicas, quanto em relação a força do nosso canal digital”, finaliza Marcio Trevizan. AC Interior de uma filial da Copel Colchões

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