Anuário de colchões 2024

30 Anuário de Colchões Brasil 2024 governamentais. Os fabricantes precisam fa- bricar produtos de qualidade e inovadores, os varejistas devem aprimorar a experiência do cliente e as estratégias de distribuição, e os re- guladores devem garantir um ambiente de ne- gócios justo e regulamentações que promovam a concorrência e protejam os consumidores. Juntos, esses atores podem contribuir para um setor de varejo de colchões mais eficiente e benéfico para os consumidores. ACB: Lugar de vender colchões com qualidade é no e-commerce ou na loja física? RO: Acho que depende de qual linha de col- chões estamos falando. Uma linha para hotéis/ pousadas ou hospitais por exemplo, que com- pram colchões em grandes quantidades, e que na maioria das vezes repete o mesmo modelo, efetuar esta compra pelo e-commerce faz mais sentido. Porém, do lado do consumidor que busca novidades, a experiência na loja física irá contribuir muito para a decisão de compra. Uma pesquisa sobre o comportamento de compra de colchões no Brasil, revela que mais de 70% dos consumidores pesquisam na internet antes de comprar colchões. Por outro lado, a preferência ainda é pelas lojas físicas, com 81% dos consumidores visitando lojas após fazer a pesquisa online, reforçando a importância de o consumidor ter uma boa experiência na hora da compra. Preferência de 81% dos consumidores ainda é pelas lojas físicas uso de produtos químicos prejudiciais. E inclu- são de políticas de ESG. Logística e distribuição também melhoraram na cadeia de suprimentos, possibilitando uma entrega mais eficiente de colchões aos consu- midores. E por fim, a inovação no design de colchões evoluiu para incluir características ergonômicas e tecnologias de resfriamento, melhorando o conforto e a qualidade do sono. Já as vendas melhoraram muito com estra- tégias de marketing digital e vendas online, que cresceram bastante durante a pandemia. Porém, esta evolução ainda é muito desigual dependendo das regiões de cada país. ACB: O tíquete médio do colchão no Brasil é de R$ 687, na sua opinião que ações podem ser feitas para aumentar este preço médio? RO: Acredito que o primeiro passo é criar a conscientização da importância do sono na vida das pessoas e esta preocupação cresceu após a pandemia, devido ao impacto significativo na saúde mental e física das pessoas. O estresse, a incerteza e as mudanças na rotina durante a pandemia afetaram a qualidade do sono, tor- nando-o essencial para o bem-estar, resistência imunológica e resiliência emocional. Como re- sultado, as pessoas passaram a priorizar o sono como parte fundamental de um estilo de vida saudável e equilibrado. A partir deste ponto o caminho para crescer o tíquete médio fica mais fácil, pois torna-se uma prioridade, ou seja, as pessoas tendem a estar dispostas a gastar mais recursos, como tempo, dinheiro e esforço para alcançar ou manter essa prioridade. Isso ocorre porque as prioridades ref letem o valor que atribuímos a algo, tor- nando-nos mais propensos a investir recursos significativos para satisfazer essas necessidades ou desejos prioritários. ACB: De quem deve ser a responsabilidade de me- lhorar a eficiência do varejo de colchões no Brasil? RO: A responsabilidade deve ser compartilha- da entre fabricantes, varejistas e reguladores ACB

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