Anuário de colchões 2024

72 Anuário de Colchões Brasil 2024 downcycling. Esses materiais recicla- dos mecanicamente dificilmente poderão ser reciclados nova- mente, pois estamos falando de compó- sitos”. Por isso, ele segue explicando que “o verdadeiro pro- blema surge quando se fala em espumas de poliuretano em fim de ciclo de vida provenientes de col- chões usados, por exemplo. Depois de 10 a 15 anos de utilização, estes colchões ficammuito sujos e, na maioria dos casos, não são adequados para serem reciclados mecanicamente. A Covestro é pioneira na reciclagem química de espumas de poliuretano em fim de vida útil de colchões usados”. A Covestro desenvolveu um processo inovador para a reciclagem química de espuma de poliu- retano (PU) de colchões usados em que, após o reprocessamento, eles podem ser reutilizados para a produção de novas espumas de poliuretano para colchões de alta qualidade. “Além disso, a Covestro desenvolveu, junto com parceiros, uma tecnologia de classificação para identificar os diferentes tipos de PU usados na aplicação de colchões, permi- tindo a entrada de materiais limpos para a etapa subsequente de reciclagem. A triagem NIR garan- te a recuperação do poliol e do isocianato em altas qualidades - um poliol reciclado que pode subs- tituir completamente o seu homólogo fóssil e um TDA, um precursor de um componente principal, cumprindo a especificação para ser posteriormen- te convertido em TDI”, acrescenta André Borba. Ao contrário de outras abordagens de reciclagem química, a solução patenteada da Covestro permite a recuperação dos dois principais componentes utili- zados em uma aplicação de espuma flexível: o poliol e um tolueno diamina, que precisa ser convertido em TDI. O objetivo é obter matérias-primas de alta qualidade para a produção de novas espumas de poliuretano. “Não usamos material virgem durante nossa reação. Com isso, conseguimos utilizar até 100% das matérias-primas recicladas na aplicação do colchão sem perda de propriedades, permitindo um alto conteúdo reciclado na aplicação desejada (100%no componente de poliol). Com base em nos- sos resultados mais recentes, notamos que podemos reduzir significativamente a pegada de CO2 destas novas matérias-primas, na comparação com as ma- térias-primas fósseis. Atualmente estamos avaliando formas de aprimorar a tecnologia, e hoje a Europa é nosso principal foco para isso devido a políticas proativas e atenção social”, esclarece André. Para conseguir construir esse processo de economia circular, a Covestro já coopera com empresas como Interzero e Ecomaison (anteriormente Eco-mo- bilier). “A nossa colaboração com a Eco-mobilier está focada na reciclagem de espuma flexível de poliuretano proveniente de colchões e estofados pós-consumo provenientes da França. As duas em- presas colaboram nos seguintes aspectos: fortalecer o entendimento comum para aprimorar a cadeia de valor de reciclagem de espuma de PU, maior desenvolvimento de mercados de resíduos para uma reciclagem altamente eficiente e reciclagem de estofados”, diz o gerente de marketing e vendas. “Já a colaboração da Covestro com a Interzero ana- lisa uma ampla gama de produtos em seu ciclo final de vida, desde móveis até aplicações de mobilidade, feitos com plásticos complexos de alto desempenho, como poliuretanos e policarbonatos. Para coope- rar no campo da reciclagem inovadora de resíduos plásticos, a Interzero pretende obter e preparar os materiais relevantes derivados dos produtos em fim de vida e distribuí-los à Covestro para reintegração no ciclo das matérias-primas”, finaliza. André Borba, gerente de marketing e vendas do segmento de Performance Materials da Covestro Laboratório de análise de reciclagem de espuma PU ACB

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