Anuário de colchões 2024
88 Anuário de Colchões Brasil 2024 colchão da linha Stallion – o Stallion Talalay – no qual é possível trocar a parte de cima, o que permitirá aumentar a vida útil da parte inferior. “Está começando agora no mundo. Aqui no Brasil lançamos a cerca de dois meses”, anuncia o empresário. Na sua avaliação, a indústria brasileira tem capa- cidade para responder a demanda de colchões sus- tentáveis. Prova disso é a ApoloSpuma, que possui três marcas, todas com características sustentá- veis. A linha de entrada utiliza tecidos com fios de bambu e de algodão orgânico. “A linha Carolina Mattress Guild (foto na abertura da matéria), marca norte-americana, da Carolina do Norte, tem uma divisão de luxo, a CMG Luxe, cujos pro- dutos contam com mantas de cashmere e algodão orgânico, além de espumas de alta tecnologia como Hypercell e memogel e o Latex natural”, informa Eduardo Arruda, diretor de marketing. A outra linha é a A.H. Beard, lançada em 2023 no Brasil com a sofisticada marca australiana, cente- nária na fabricação de colchões artesanais. “São produtos conhecidos como Handcrafted, feitos à mão, e cuja base são os componentes naturais, como pelo de camelo, crina de cavalo, cashmere, algodão orgânico, manta de grafeno e o exclusi- vo Latex natural com zoneamento de conforto”, relata Arruda, acrescentando que contam ainda com avançados e exclusivos sistemas de molejo ensacados, como o Reflex Support System DSS, em que as molas têm dupla função (conforto e suporte) no mesmo conjunto, e o molejo ensacado multizone, com três zonas de conforto. Rogério entende que o brasileiro ainda não está ligado em ecologia. “Temos o combustível mais ecológico do mundo, o álcool, mas a população não usa. Se você pedir para um europeu optar entre gasolina e álcool, ele certamente não esco- lheria gasolina”, aposta. Já Lilian Christofoletti, CO-CEO da ApoloSpuma, está convencida que o desafio não é fazer colchões sustentáveis. “O pro- blema é a venda. Os preços estão muito distantes em relação a um tradicional”, pondera. “O Brasil está em um estágio muito parecido com outros países, incluindo os da Europa”, constata. Fibras naturais e até crina de cavalo são usadas nos colchões mais orgânicos A icônica marca sueca Hästens produz colchões com materiais orgânicos admirados no mundo e vendidos por até US$ 630.000, como este da foto Foto: www.dallasnews.com prazo para recolher o colchão é o cliente. “Informa- mos que o uso dura quatro anos, mesmo sabendo que feito com crinas animais e vegetais perdura no mínimo três vezes mais que um de espuma ou de mola”, salienta. O plantio de árvores aplica-se as linhas Stallion, iCore e os colchões Restonic da linha Scott Living. DEMANDA SUSTENTÁVEL O Brasil é incipiente em colchões sustentáveis, não porque seja uma questão de tecnologia, mas pelo custo elevado. A boa notícia é que uma par- te dos consumidores brasileiros começa a pagar mais por essa ecologia. “É quando você mostra que o colchão não usa matérias-primas vindas do petróleo e dura mais e porque as crinas ani- mais duram mais que os sintéticos”, argumenta Rogério, complementando que está lançando um ACB
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