Móveis de Valor - Edição 207
47 moveisdevalor.com.br Uma prova que o varejo é receptivo é a utilização crescente do OTT. Augusto Rocha conta que com ele, o vendedor não precisa esperar o cliente en- trar na loja física para vender mais. “As melhores estratégias de CRM ficam na mão do vendedor, em um aplicativo recheado de análise de dados e boas práticas”, lembrando “um case bem interes- sante em parceria com a YouCom (rede de loja moda jovem) que penso poder se expandir para nichos diversificados do varejo”. Para as ferramentas digitais deslancharem no varejo é preciso que haja a união de todo gru- po, principalmente, o vendedor. “Não podemos deixar ninguém de fora desse processo”, comenta Augusto Rocha. Sobre a adoção de novas tecnolo- gias, ele considera importante saber diferenciar o que você precisa desenvolver e o que precisa con- tratar. “Existem tecnologias prontas que vão te fa- zer acelerar e existem aquelas que são fundamen- tais para você dominar. Agora não se iluda que comprando tecnologia vai avançar mais rápido. O talento mais importante continua sendo o huma- no, e investir nas pessoas, com a cultura certa da empresa, e aí então com as melhores ferramentas nunca sairá de moda”, afirma. O QUE ESPERAR DAQUI PARA FRENTE É difícil prever o que acontecerá com a publici- dade digital nos próximos anos, pois as inovações surgem de forma muito rápida. Cinco anos atrás não tínhamos o uso de vídeos tão forte quanto agora, as conexões eram lentas. Hoje com o 5G é possível investir nisso e ter muitos resultados. “Em relação a publicidade convencional como foi chamada, acredito que não há mais diferença entre os ambientes, tudo converge sobre como a marca conversa com seus consumidor seja off, seja on ou ponto de venda. Tudo tem que ter sinergia e se complementar, quem fizer isso sem dúvida terá ótimos resultados”, diz Rodolfo Benetti. No caso do destino das verbas publicitárias, Benetti não tem dúvida de que o digital será cada vez mais valorizado. “À medida que empresas tradicionais começarem a compreender como o digital é escalável, como podem medir cada centa- vo investido relacionando ao faturamento, prova- velmente veremos um crescimento muito grande”, prevê o diretor da Orgânica Digital. “As pessoas entenderam que podem fazer quase tudo sem sair de casa, e muitas gostaram dessa comodidade. Os lojistas precisam fortalecer não apenas a experiência digital na apresentação de seus produtos, mas principalmente a boa experiência digital. Isso vai desde um e-commerce de carregamento rápido, até um atendente humano para tirar dúvidas, fazer uma entrega sem surpresas indesejadas”, indica Carlo Manfroi, CEO da Qualé Digital. “As lojas tendem a focar na boa experiência com a demonstração do produto, uma espécie de showroom para quem quiser ver e tocar no produto. E a venda pode ser quase toda digital”, complementa. A publicidade online não completou duas décadas e olha o que mudou. “A gente cai da cadeira”, se es- panta Augusto Rocha. “Veja a Magalu cinco anos atrás e hoje, uma das maiores empresas do país. A Linx, que hoje é Stone, a Totvs e Locaweb estavam em um patamar bem diferente, e foram as aquisi- ções de varejo que mudaram esse cenário. Minha previsão para os próximos cinco anos é que eles serão muito animados, haverá muita transfor- mação, e quem abraçar as mudanças certamente sairá maior depois desse período”, profetiza. A publicidade online oferece caminhos interes- santes para divulgar negócios e ganhar dinheiro. As oportunidades estão aí para todos.
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