Móveis de Valor - Edição 208

29 moveisdevalor.com.br liar um apartamento de forma inteligente é pensar nos detalhes e ter calma, porque sair comprando cada móvel, aparelho eletrodoméstico e eletrônico de forma separada vai fazer com que as coisas não fiquem bem e vai faltar espaço”, comenta Araújo. De acordo com o especialista, a maior preocupação dos fabricantes de móveis deve ser com as múlti- plas utilidades do móvel. Ou seja, flexibilidade se tornou um fator essencial. “É preciso desenvolver uma mesa baixa que possa virar uma mesa alta ou uma cama, que quando abre tem uma escrivani- nha atrás, isso é ter inteligência nos móveis para que eles também possam ter múltiplos usos”. Para Araújo, quando falamos em aplicar tecno- logia em mobílias, é isso que deve ser levado em consideração. Ele reforça que a maior neces- sidade que os móveis precisam suprir hoje é a usabilidade, porque em inteligência no sentido de design, a indústria de móveis evoluiu significati- vamente nos últimos anos. Araújo também acredita que outra necessidade dos clientes de móveis hoje é a qualidade, “os móveis fo- ram se sofisticando, ganhando design, mas emmui- tos casos eles foram ficando mais frágeis”. De acordo com o economista, pesquisas recentes apontam que há uma reclamação cada vez mais frequente sobre a compra de móveis bonitos, mas que acabam tendo curta duração. “Uma das coisas importantes é a necessidade de que os móveis duremmais tempo. Talvez não precise ser como era na época dos nossos avós, que duravam 30 ou 40 anos, até porque hoje a gente gosta de dar uma renovada, mas eles precisam durar mais do que estão durando”. O sócio-diretor da Brain Inteligência Estratégica, afirma que a importância da mobília quando se trata de aproveitamento de espaço, “é que preciso pensar em maneiras de fazer com que os móveis não apenas combinem com o ambiente, mas tam- bém permitam um uso fácil e agradável daquele determinado lugar”. O economista enfatiza que “para uma mobília gerar grande aproveitamento ela precisa permitir que o espaço ao seu redor seja claramente bem ocupado e desfrutado”. Araújo acredita que, com o passar do tempo, os móveis foram perdendo suas funções e se transfor- mando em objetos de decoração e, agora, chegou o momento do foco voltar a ser a utilidade. “Uma boa mobília é aquela que não é exclusivamente um objeto de arte, ainda que possa ser comprada exclusivamente para tal, como por exemplo pol- tronas que as pessoas mal se sentam, que estão ali como decoração, ou um abajur que as pessoas nem acendem”. Segundo o economista, quando o imóvel é pequeno, é preciso pensar na utilidade de cada item, não apenas em sua estética. “O móvel do espaço pequeno precisa ser útil tan- to quanto ser belo, mas é preciso colocar a prio- ridade na ordem correta”, comenta. Para Araújo, além de priorizar a utilidade em relação a beleza estética, também é preciso lembrar de garantir a durabilidade do item. Por fim, o economista reiterou a importância de suprir as necessidades dos consumidores com itens de qualidade, mesmo com o preço dos insu- mos aumentando. Segundo ele, o segredo desse equilíbrio está na eficiência. “Isso não depende do mercado imobiliário ou de móveis. Isso depende de eficiência operacional e industrial, da redução de custos e da cadeia de entrega. Atingir os con- sumidores por outros meios eventualmente mais baratos, é um conjunto muito grande de estraté- gias e gestão operacional que cada empresa tem de buscar para atingir”, finaliza Araújo. PARA MOBILIAR UM APARTAMENTO PEQUENO É PRECISO APROVEITAR CADA ESPAÇO

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