Móveis de Valor - Edição 208

45 moveisdevalor.com.br frequência serem respondidas com clareza por diversas empresas. O conhecimento da cultura corporativa é o primeiro passo para que o profissional esteja alinhado com as expectativas do CEO e para que, a partir disso, consiga identificar e traçar o melhor caminho a ser percorrido. 3 BARREIRAS CULTURAIS Existem inúmeros casos em que o planejamento e a implementação da transformação digital têm que ser aprovados por todos os diretores de uma organização. Isso traz perdas irreparáveis na agilidade dessa mudança. Ou seja, sem a quebra dessas barreiras culturais e burocráticas, será muito difícil dar andamento a este processo. 4 BAIXO INVESTIMENTO A falta de uma definição clara do orçamento disponível para a jornada de transformação digital é um dos maiores erros que uma empresa pode cometer. Além de atrapalhar a visão e o planejamento do líder, também irá dificultar a atração desses profissionais que, ao assumirem a posição, se sentirão frustrados ao carregarem as expectativas nas costas de transformar a empresa com pouco ou nenhum investimento. 5 AUSÊNCIA DE PARCEIROS ESTRATÉGICOS A transformação digital pressupõe a mudança do perfil do profissional ou, a efetiva criação de novas posições dentro da organização – muitas com trilhas de carreira relativamente novas no mercado ou que evoluem rapidamente. Por isso, contar com o auxílio de consultorias especializadas no recrutamento e seleção é uma estratégia valiosa, dando todo o suporte necessário ao RH para que consiga lidar com essas novas demandas. COMO EVITAR ERROS Além de elencar os erros mais comuns, Barbosa dá dicas preciosas aos empresários. Segundo o especialista, toda empresa deve ter claro qual o nível de maturidade de digitalização que possui hoje e, principalmente, onde deseja chegar. “Às vezes é preciso contratar especialistas em recru- tamento deste tipo de profissional para encontrar as pessoas mais adequadas, o que também acaba agilizando o processo. Muitas empresas acabam atraindo o profissional errado por conta de desco- nhecimento e falta de clareza”, explica. “Como especialista em recrutamento desses profissionais, acredito que um bom líder de transformação digital deve atuar em duas fren- tes principais. A primeira, enxergando neces- sidades ou oportunidades de negócio baseadas em uma mudança de mentalidade e incorpora- ção da cultura digital. A segunda, na adoção de novas tecnologias que facilitem o dia a dia da organização”, analisa. A rapidez das mudanças também pode ser afeta- da quando não há um alinhamento. “Essa é uma demanda de mercado relativamente nova, já que o Brasil está no caminho de transformação digital há cerca de cinco anos e a maioria das empresas não ‘nasceram’ nesse universo. É pre- ciso entender que com a pandemia a agilidade no processo precisa ser cada vez maior e que os profissionais que trabalham com isso estão sen- do muito requisitados. Por isso, a empresa pode acabar perdendo seu líder e atrasando as trans- formações”, reforça Diego, lembrando que mes- mo com as contratações precisando serem feitas a “toque de caixa”, é preciso olhar para dentro e entender que o mercado está muito aquecido nesse sentido. “Quem atua nessa área está com várias oportunidades de emprego e qualquer indisposição com executivos pode fazê-lo trocar de trabalho. Uma boa maneira de acertar na li- derança é buscar pessoas que já fizeram parte do processo de transformação digital de empresas de segmentos semelhantes”.

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