Móveis de Valor - Edição 208

57 moveisdevalor.com.br As vendas no varejo também são positivas. Até maio o acumulado do ano alcança 21,8% (qua- dro vendas). No acumulado do ano por região, o recorde pertence ao Estado de Minas Gerais, com 48,6%, seguido pela Bahia, com 35,6% e Rio de Janeiro, logo abaixo, com 34,5%. Apenas Espírito Santo registra queda (-7,0%), enquanto Pernam- buco tem a menor variação positiva, com 2,8%. Também graças aos aumentos de preços verifica- dos a partir do segundo semestre do ano passado, em receita nominal, o varejo apresentou alta de 46,5% em junho, 26,3% no acumulado deste ano e de 21,3% no índice de 12 meses. O preço dos móveis no varejo também sustenta a necessidade de repasse de custos por parte da indústria. O acumulado de janeiro a junho regis- tra alta com 4,98%, pouco mais do que o IPCA geral, que ficou em 3,77% no período. O índice de 12 meses registra alta de 11,40%, também mais elevado do que o IPCA geral que registrou elevação de 8,35% em 12 meses encerrados em junho. Porém, o alerta sobre a evolução de pre- ços veio em junho com recuo de 0,16% (quadro IPCA). Este comportamento mostra que a even- tual correção de preços motivada pelos cons- tantes aumentos de insumos e matérias-primas vem perdendo força. Chama atenção também o comportamento do segmento de colchões, que acumula queda no ano, embora o índice de 12 meses ainda esteja em alta de 36,3%. IPCA - VARIAÇÃO DO PREÇO DE MÓVEIS NO VAREJO - BRASIL Variação mensal - comparação com igual mês do ano anterior (%) JUNHO 2021 Geral Móveis Sala Quarto Cozinha Infantil Colchão 0,53 -0,16 -0,58 0,00 1,03 -1,09 -7,55 Variação acumulada no ano (%) JUNHO 2021 Geral Móveis Sala Quarto Cozinha Infantil Colchão 3,77 4,98 2,70 6,86 5,69 1,01 -3,08 Variação acumulada em 12 meses (%) JUNHO 2021 Geral Móveis Sala Quarto Cozinha Infantil Colchão 8,35 11,40 9,32 14,37 7,27 2,87 36,37 Fonte: IBGE - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo VENDAS MÓVEIS NO VAREJO EMMAIO (%) Brasil e UFS Mensal No ano 12 meses Brasil 34,2 21,8 24,1 Ceará 183,2 44,0 26,2 Pernambuco 23,3 2,8 8,0 Bahia 51,2 35,6 39,8 Minas Gerais 39,0 48,6 27,9 Espírito Santo -8,6 -7,0 -2,4 Rio de Janeiro 72,6 34,5 34,5 São Paulo 65,5 16,8 25,9 Paraná -9,6 17,2 27,3 Santa Catarina -3,9 18,1 18,7 Rio Grande do Sul 8,7 18,4 14,4 Goiás 6,4 15,0 8,8 Distrito Federal 25,7 15,2 26,3 *(base: igual mês do ano anterior) *(base: igual período do ano anterior) *(variação acumulada de 12 meses) Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Comércio cinação, permite prever um ano muito positi- vo para a indústria moveleira do País. O mais importante agora é uma reflexão por parte de todos os elos da cadeia moveleira (fornecedores, fabricantes e lojistas) para que o setor consiga permanecer no patamar que foi elevado com a pandemia, com a nova mentalidade das pessoas em valorizar o lar. Pense nisso: sem móveis existe casa, mas não existe lar. E, como se vê na sequência, as exportações não irão bater o recorde de 1 bilhão de dólares de 2005, mas chegarão bem perto disso, o que é muito positivo. Afinal, contar com um mercado mundial adiciona um volume substancial de recursos nas indústrias que poderão, final- mente, trabalhar com a capaci- dade instalada plena, o que não acontece há muitos anos. A manutenção do auxílio emer- gencial no segundo semestre, aliado ao pleno funcionamento do varejo com o avanço da va-

RkJQdWJsaXNoZXIy MzE5MzYz