Móveis de Valor - Edição 208

76 moveisdevalor.com.br centros da casa, pois é usado emmomentos de lazer, reunião familiar, em que as pessoas querem se sentir bem ao assistir uma série nos fins de semana, já que não podem sair, e há que até quem come sentada no sofá”, comenta a designer. Ela prossegue dizendo que o sofá ganhou mais importância do que nunca, precisando ser aconchegante e amigá- vel, fazendo com que o usuário se sinta acolhi- do e abraçado. “Nós temos que pen- sar no uso de texturas delicadas, macias e no uso de materiais que remetem à natu- reza, como madeira e palha. Outro detalhe importante é que os cachorros e gatos estão cada vez mais humanizados, e isso deve ser levado em conta na hora de criar um estofado de fácil manutenção e higiene, além de as crianças também estarem passando mais tempo em casa e usufruindo desse móvel”, acrescenta. Outra grande tendência, segundo Daniela Ferro, é a modularidade. “Antigamente as pessoas compra- vam conjuntos de estofados (de 2 e 3 lugares), não se pensava na liberdade de mudanças como hoje. Agora um sofá não precisa, neces- sariamente, seguir um padrão, ele não precisa sequer ter braço ou encosto. E com os espaços mais abertos, até mesmo em casas ou apartamentos de alto padrão, os sofás também servem para delimitar ambientes, eles são vistos por vários ângulos, e uma configu- ração fechada é demodê”. Aqui no mercado brasileiro, os sofás retráteis e reclináveis são sucesso há anos, mas a designer acredita que eles possam começar a perder es- paço. “Esse tipo de sofá deve ficar mais simples ou até ser um pouco esquecido. São peças muito grandes, como os automatizados, e que são mais populares somente aqui e na Alemanha. Na Itália, por exemplo, há outra concepção sobre sofás e sobre o que é tendência nesse assunto. E, a meu ver, os modulares podem muito bem cumprir essa função de fornecer espaço para a pessoa deitar-se, apoiar os pés etc.”. Outro ponto lembrado por Daniela é o cancela- mento das feiras de design e móveis, e que, quan- do aconteciam, acabavam forçando as empresas a apresentarem sempre grandes lançamentos, sendo palco para tendências. “Lógico que está sendo muito desafiador produzir para uma classe média-alta que está comprando demais em um período em que as indústrias estão com dificulda- de na obtenção de matéria-prima, mas acredito que a falta de feiras também está fazendo com que os lançamentos ainda não saiam do papel”. E, para encerrar, a designer fala sobre o uso dos espaços comuns da casa para o home office. “A sala só deve ser usada para o trabalho quando não se tem outra opção. Nós devemos pensar SOFÁ FAT BOY, DA MAISOFÁ

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