Móveis de Valor - Edição 210
11 moveisdevalor.com.br embutidas. “Esse tipo de geladeira foi lançado recentemente no Brasil, afinal antes não tinha como embutir uma geladeira comum em um armário para que ela ficasse quase imperceptí- vel. Por estar chegando agora, ela ainda é muito cara, mas acredito que com o tempo possa ter um preço mais adequado ao mercado brasileiro”, afirma a arquiteta Graziella Novak. Graziella observa que essa tendência de “escon- der” os eletros nos próprios móveis vem cres- cendo. “As pessoas querem deixar o ambiente o mais limpo possível, em termos de design, por isso o depurador de embutir também faz sucesso no mercado brasileiro. Tem modelos que ficam totalmente embutidos no móvel e não consegui- mos vê-los ao entrar na cozinha. Inclusive tem um modelo de depurador que pode ter seu motor colocado do lado de fora da casa, numa área mais longe, assim não fará barulho no ambiente”. Mas o estilo americano não deve agradar muito as indústrias. “Não é complicado fazer esse tipo de projeto, mas ele costuma ser feito por marce- neiros, que recebem as medidas para que pos- sam construir esse móvel em que o eletro vai ser embutido”, informa a arquiteta. É justamente tocando no orçamento, que Alex- sandra Caetano, engenheira civil e designer de interiores, começa suas explicações sobre ten- dências e o que pode ser feito aqui. “Nosso país ainda exporta conhecimento e matéria-prima em forma de comodity, para importar o produto finalizado, com custos impraticáveis em função da valorização do dólar. Quer dizer, fugiria da discussão sobre interiores falar das possibilida- des de baixar os custos dos produtos de modo geral. As tecnologias usadas hoje em nossos móveis são na maioria, importados; percebe o impasse?”, questiona. Alexsandra cita o fascínio do brasileiro por tecnologia, que nem sempre pode ser suprido. “Se olharmos projetos de cozinhas de outros países, inclusive o que foi apresentado no Su- persalone, não há como prever se essas tecno- logias serão amplamente difundidas por aqui, por conta do custo final. O brasileiro é um dos povos que mais consomem tecnologias no mun- do, mas para projetos moveleiros ainda esbar- NÃO CHEGAMOS AO NÍVEL DOS JETSONS, MAS PASSAMOS MUITO DOS FLINTSTONES HÁ ALGUNS ANOS A IKEA APRESENTOU A “COZINHA DO FUTURO”, QUE SE RESUMIRIA A UMA MESA, CHAMADA TABLE FOR LIVING
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