Móveis de Valor - Edição 210
25 moveisdevalor.com.br e planejou em seus dez principais shoppings. São locais que as pessoas visitam três vezes mais, gas- tam duas vezes mais dinheiro e ficam duas vezes mais tempo percorrendo, em comparação com outros shoppings tradicionais americanos. Antes de continuar, é importante lembrar que Rick J. Caruso (foto ao lado) é um bilionário nor- te-americano, inovador nos negócios, líder cívico e filantropo ativamente envolvido. Como seu fundador e CEO, ele desenvolveu a Caruso® para ser uma das maiores e mais admiradas empresas imobiliárias privadas dos Estados Unidos. Aqui estão os princípios orientadores de Caruso para que o varejo se torne o lugar onde as pes- soas desejam ir no novo mundo pós-pandemia em que todos vivemos. COMUNIDADE ANTES DO COMÉRCIO As pessoas anseiam por conexão. É uma ne- cessidade humana básica. Desde o início dos tempos, as pessoas se reuniam não apenas para trocar por coisas que não podiam fazer, mas também para passar algum tempo juntas. As ex- periências compartilhadas, talvez tão importan- tes quanto o compartilhamento de bens mate- riais, criaram mercados. O comércio eletrônico fornece apenas experiências transacionais, não comunidade. “As pessoas vão ao mercado e sentem sua ener- gia há milhares de anos”, explica Caruso. Essa energia e entusiasmo são o que as pessoas mais precisam, não apenas agora, depois de ficarem enfurnadas em casa, mas como resultado de nos- so estilo de vida do século XXI. Hoje, quase 30% dos americanos vivem sozinhos, contra 13% em 1960. E mesmo aqueles que não vivem sozinhos descobrem que o tempo gasto com outras pes- soas é reduzido pelo trabalho e o tempo gasto sozinhos interagindo com a tecnologia. “Existem esses traços comuns que todos nós temos como humanos: conexão, felicidade e o sentimento de comunidade”, declarou ele. Ele projetou seus centros para favorecer relações. “Eu queria construir projetos onde isso fosse o centro, com jantar e fazer compras como causa auxiliar de apenas vir e aproveitar o tempo com sua família e amigos”. O conceito de co- mércio social adqui- re um significado totalmente novo quando visto sob a dimensão huma- na, não através das lentes da tecnologia. “Tudo começa e é conduzido pela co- munidade que servi- mos ao nosso redor”, continua Caruso. Todo varejista pre- cisa basear a seleção de suas ofertas de produtos e serviços de acordo com as necessidades da co- munidade local. Por mais que as gran- des redes nacionais ofereçam a seleção localizada, a maioria das redes de lojas se parece muito. Começar com a comunidade local e construir a partir daí traz maior diversida- de, ao invés de tanta uniformidade para a experiência de varejo. “Uma vez que tenha- mos essas lojas físi- cas na comunidade, começamos a mergu- lhar no tipo de varejo que acreditamos ser o mais relevante e com visão de futuro. O que a gente sempre quer é um mix, por- que acreditamos que estamos construindo os centros da cidade e os centros da cida- de têm muita varie- dade”, compartilha. RICK J. CARUSO
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