Móveis de Valor - Edição 211
13 moveisdevalor.com.br dos consumidores”, comenta Rafael Correia, diretor comercial da Móveis Peroba. E falando em mudanças no comportamento do consumidor, isso foi o que menos faltou nesse mercado nos últimos anos. Para começar, a taxa de natalidade no Brasil praticamente caiu pela metade nos últimos 20 anos, saindo de 2,30 filhos por família em 2000 para 1,72 em 2019. Além disso, em 2020 estima-se que cerca de 300 mil bebês deixaram de nascer no Brasil devido a pandemia. Soma-se a isso a tendência de as pessoas estarem morando em casas cada vez menores, ou seja: menos bebês e menos espaço para quartos de bebês. Só em São Pau- lo, a metragem média dos novos apartamentos na cidade ficou 27% menor nos últimos dez anos. Os móveis estão encolhendo para caber no bolso dos brasileiros que, por sua vez, estão com o menor poder de compra visto no País nos últimos 15 anos. Somando tudo isso não é difícil concluir que o setor de mobi- liário infantil precisou se modificar (e muito) nos últimos anos para se adaptar a esses novos cenários. Tem menos bebês nas- cendo, as pessoas estão morando em lugares menores com me- nos espaço para móveis infantis e além de tudo isso ainda tem a população querendo investir cada vez menos dinheiro nisso... Para a designer de móveis infantis Simone Leullier a principal mudança no mobiliário para crianças foi a modernização e o refinamento que esses itens tiveram com o passar dos anos. “Foi necessário fazer uma série de modificações para que esses móveis acompanhassem o design do mundo do adulto. Agora o quarto combina com a decoração de toda a casa, tem a mes- ma cara, não é mais um cômodo à parte”, explica. “Passou-se a pensar nas necessidades reais de cada idade, ergonômicas e funcionais. Além de serem criadas legis- lações e normas para alguns itens, como berços”, completa a designer. Segundo ela, um dos principais pontos que levou a essa mudança é que a criança passou a ser vista dentro da família como o centro da atenção, algo impensável nas gerações anteriores, quando as crianças não tinham voz. “Na década de 1990 os papais buscavam estilos tipo marquesa, tradicionais, proven- çais, bercinhos torneados, trabalhados em curvas, portas usinadas, rebaixadas, algo difícil para fábricas de produção em série”, conta o diretor comercial da Móveis Peroba. “À medida que as fábricas foram dominando DIÓGENES CASTRO, GERENTE NACIONAL DE VENDAS DA CAROLINA BABY BERÇO LUDMILA EVOLUTIVO DA CAROLINA BABY MINI CAMA MONTESSORI ULI DA PEROBA
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