Móveis de Valor - Edição 211

63 moveisdevalor.com.br 2.800 por tonelada. A alta nos últimos 90 dias é de 26%, em média, e só na semana de 06 a 12 é de 6,8%, como se vê no quadro abaixo. sário, e urgente, para que o mercado de fios de aço usado em molejos de colchões volte à normalidade. Hoje, fabricantes de molejos estão importando o fio de aço, principalmente da Turquia, Espanha e Portugal, e fabricantes de colchões importam mo- lejos prontos, mais barato que o nacional, ocasio- nado mais desindustrialização no pais. A questão do preço do aço está provocando uma queda de braço importante porque envolve o setor automobilístico e o da construção civil. Porém, não há nenhum sinal de que os preços do fio de aço para indústria colchoeira sejam redu- zidos. Aliás, os fornecedores – leia-se Gerdau e Belgo – preferem se esquivar quando se sonda sobre essa possibilidade. O fato é que as fornecedoras locais continuarão livres para aumentar o preço, independentemente das fortes quedas que estão ocorrendo no exterior, principalmente na China. E, mais: quando gigantes desenvolvem uma estra- tégia integrada, envolvendo bilhões de reais em investimentos para alcançar um objetivo específico que, no caso, é manejar o preço de seus produtos em um mercado com potencial de expansão como o Brasil, é muita ingenuidade imaginar que exista algum lobby que possa demovê-los de seu objetivo. Por incrível que pareça, cada vez mais se con- solida como tradição do mercado brasileiro a máxima de que os preços de matérias-primas e de insumos se movimentam apenas em única direção, sempre para cima. O poliol, junto com o TDI, é a matéria-prima para produção de espumas, o principal componente dos colchões, inclusive os de molejos. Claro que o governo chinês está atuando para que os preços fiquem ajustados ao seu interesse. Pre- ços de venda sobem e de compra recuam, como está acontecendo agora com minério de ferro e aço. Apenas em setembro, o preço do minério recuou 30% e acumula queda de 60% no ano. O aço recua 22% desde janeiro no mercado interna- cional e as empresas agora pressionam as usinas para reduzir o preço local. De acordo com Sérgio Conti, economista da Tendências Consultoria Integrada, a forte queda nos preços das bobinas a quente e das placas de aço no exterior está surpreendendo. Ele credita o fenômeno ao forte acúmulo de estoques nos Estados Unidos e aos sinais de arrefecimento da demanda chinesa. Atentas ao movimento de retração no mercado internacional, montadoras e fabricantes de au- topeças pressionam as siderúrgicas por menores preços. “Lá fora, o preço do aço já cedeu mais de 20%. No Brasil, não caiu nada”, reclama Paulo Butori, presidente do Sindipeças. A Abicol já solicitou a Camex a redução temporá- ria do direito antidumping sobre do fio de aço de origem da China, aplicado em 2017 e válido por cinco anos e, também, do Imposto de Importação, sob o argumento de que esta medida se faz neces- ABICOL SOLICITOU REDUÇÃO DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO DO AÇO PARA MOLEJOS DE COLCHÃO

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