Móveis de Valor - Edição 214
67 moveisdevalor.com.br em realidade aumentada, transformando qual- quer item mais interativo. A Nike tem pressa: está recrutando “meta-funcionários” para sua equipe. O crescimento do metaverso está diretamente relacionado ao avanço dos NFTs usados para registrar itens – em grande parte, únicos – adqui- ridos nos mundos virtuais. Um NFT é, portanto, a representação de um item exclusivo. Obras de artes, músicas, itens de jogos, momentos únicos no esporte e memes podem ser transformados em NFTs. Entre o segundo e o terceiro trimestre de 2021, houve um aumento de 704% no volume de negócios de NFTs nos Estados Unidos, algo como US$ 10,7 bilhões. No metaverso as pessoas terão posses virtuais, como o de um Aston Martin, que poderá ser dirigi- do sem a necessidade de carteira de habilitação, ou uma luxuosa casa na praia sem risco de assalto. As transações acontecem com criptomoedas e temmo- vimentado bilhões de dólares no mundo todo. De acordo com o CanalTech, a Adidas realizou evento no fim de dezembro para venda de NFTs, onde disponibilizou 30 mil tokens, dos quais vendeu 29,6 mil, arrecadando mais de US$ 22 milhões. ROMPENDOMODELOS O formato mais explorado por empresas verde- -amarelas tem sido live streaming. Karina Israel, CEO da YDreams Global e presidente da XRBR, especializada em mídias imersivas, relata que tecnologias que ajudam o consumidor a evitar frustração na compra tornam-se cada vez mais presentes e, junto com o metaverso, farão parte da realidade do varejo. No caso do Brasil, ela se mostra entusiasmada com a chegada da tecnolo- gia 5G: “Vamos turbinar as realidades estendidas em tempo real. E quanto ao metaverso, apesar de ainda ser muito novo, a meu ver, está no caminho: vai integrar todas estas mídias”, avalia. A LOJA FÍSICA NÃO VAI ACABAR Para o empresário Abílio Diniz, a loja física é fun- damental para sustentar o e-commerce, pensando na distribuição e na volta do consumo presencial. “O digital é commodity agora, uma cultura, não opção. Desde que comecei a participar da NRF, os executivos primeiro levaram a loja física para o hospital, depois para a UTI, depois enterraram a loja física… mas nós continuamos firmes”, diz, reforçando: “A loja física não vai acabar, mas ela vai mudar, como já está mudando”. O metaverso não está pronto. Cada vez mais surgem iniciativas nas áreas de games, consumo, entretenimento e outras que se agregam a um grande ecossistema global, formando o metaver- so ou diversos metaversos. As fronteiras entre digital e real ficarão ainda mais difíceis de serem delineadas daqui para a frente. É preciso acom- panhar os movimentos e investir em inovação, imersão, encantamento e foco, que vão romper com modelos tradicionais, porque os estímulos são outros, as necessidades são outras e o tempo é completamente fugaz. Tudo é rápido, instantâneo, criativo, dinâmico e envolvente. Uma dica final: acostume-se a ouvir conversas no Twitter e no Linkedin sobre realidade aumentada, realidade virtual, realidade mista, criptomoedas, criptoativos, compra e vendas de NFTs e tecnolo- gias blockchain. Todas essas tendências poderão impulsionar as oportunidades de comunicação e vendas, tanto para marcas como para varejistas. O jogo do metaverso será o mesmo da Internet: ganha quem tiver mais audiência. Fontes pesquisadas para esta matéria: Diário do Comércio - Associação Comercial do Estado de São Paulo, Varejo S.A., Portal G4 Educação, Portal LX-360 GESTÃO E IN- OVAÇÃO, Portal Yahoo! Notícias, Tribuna Online - Espírito Santo, Fast Company Brasil, Super Hiper ABRAS, Associação Comercial e Industrial de Campinas, Forbes Brasil, Business of Fashion – Site de Notícias e Retail Dive – Washington DC TECNOLOGIAS QUE AJUDAM O CONSUMIDOR A EVITAR FRUSTRAÇÃO NA COMPRA TORNAM-SE CADA VEZ MAIS PRESENTES
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