Móveis de Valor - Edição 214

84 moveisdevalor.com.br BED REPORT Por Ari Bruno Lorandi, CEO do Intelligence Group Expectativas do setor colchoeiro no1º semestre nãosãopositivas U m novo levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Colchões (Abicol), entre fornecedores e fabricantes de colchões, revela muitas incertezas na cadeia colchoeira. Para 46%dos respondentes, 2022 será pior do que o ano anterior, embora 33% considerem o contrário. E quando indagados sobre qual melhor palavra definiria o quadro atual, pelo menos 12 foram citadas, deixando claro que é diferente para cada um, mas vai de “paradeira”, passando por “preo- cupação” até “paciência”. Com relação às medidas adotadas para lidar com o cenário atual do mercado, 57% buscaram reduzir os custos de produção, mesmo índice de quem con- cedeu férias coletivas aos funcionários. Para 20%, a solução encontrada (?) foi “fabricar produtos de combate”, ou seja, o famigerado downgrade. No outro extremo, 2% fizeram repasse de preços, abriram novos clientes, aumentaram o número de funcionários, ampliaram a base de clientes e lançaram linha diferenciada. Mas, muitos acreditam que “deve haver recupe- ração pós 1º trimestre” e que o mais importante é “se reinventar diariamente”. PRINCIPAIS CONSIDERAÇÕES • Início mais desafiador que esperado. Pouco cresci- mento esperado para o ano pode vir a ser neutra- lizado com o primeiro trimestre muito fraco. • Cenário macroeconômico não permitirá cresci- mento. • O problema é o mercado sem expectativas de vendas, além de ainda ser um ano político. • O setor enfrentou dificuldades durante a pande- mia de faltas e aumentos de preços das maté- rias-primas. • As matérias-primas já estão menos escassas mas os preços continuam altos. • Os colchões ficaram muito caros para consumi- dores com poder aquisitivo diminuído. • Poder aquisitivo está defasado em 50% em virtude dos aumentos de preços, esta conta não fecha. • Deve haver recuperação pós trimestre. • SE REINVENTAR DIARIAMENTE. • A instabilidade política gerou um descontrole momentâneo na política fiscal e aí a necessidade de se realizar um novo ciclo de alta dos juros (aperto na política monetária) com fins a reduzir a pressão inflacionária e isto está gerando a per- da de capacidade de investimento e de consumo, logo, teremos grandes desafios em 2022.

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