Móveis de Valor - Edição 214

88 moveisdevalor.com.br INDÚSTRIAS DE MÓVEIS E COLCHÕES PODEM ADOTAR PARCERIAS COM PREFEITURAS, EMPRESAS DE RECOLHIMENTO DE LIXO E LOJAS “É possível fazer um projeto personalizado ou usar um progra- ma aplicado a várias empresas. A partir daí, quem assume toda essa questão ambien- tal é a empresa espe- cializada nisso, tor- nando o processo mais econômico e ajudando a fazer um trabalho mais humanitário”, explica Dione Manetti, CEO da Pragma Solu- ções Sustentáveis. Quando Manetti fala sobre um trabalho mais humanitário, ele se refere ao modo como o processo é conduzido, no caso da Pragma, por meio de parcerias com coope- rativas e associações de catadores, valo- rizando o trabalho desses profissionais. “Nós temos contatos com cooperativas de todo o Brasil, o que facilita muito esse processo de reaproveitamento. Nós vamos fazendo investimentos na estrutura de trabalho desses catadores e prestando assesso- ria técnica e administrativa”, comenta. A lei pede que 22% das embalagens colocadas no mercado passem por esse processo de logística re- versa. De acordo com Fabrício Soler, esse número irá subir gradativamente com o passar dos anos, por isso o fabricante precisa estar atento ao peso das embalagens, já que é utilizada a soma do peso de todas as embalagens para extrair o valor que corresponde aos 22%. Para ficar claro, vamos dar um exemplo: se a empresa gera 100 toneladas de embalagens por ano, ela deve dar a destinação ecologicamente correta a 22 toneladas, ou seja, os 22% do total exigidos por lei. “O que também precisa ser explicado é que esses 22% não precisam ser exatamente das embala- gens da empresa, o que permite os programas coletivos”, esclarece o CEO da Pragma, acrescen- tando uma explicação sobre o modo como esses programas coletivos são aplicados. “Nós recebe- mos as demandas das empresas e somamos tudo, identificamos cooperativas ou associações de ca- tadores que atuam nas mesmas regiões em que os produtos dessas empresas circulam para que eles possam realizar o processo de coleta e separação da maneira adequada, para que o certificado e os relatórios possam ser gerados”. Para comprovar que a empresa está dando uma destinação correta para as suas embalagens, é preciso de uma nota fiscal e da certificação. Quem faz a fiscalização são os órgãos ambientais. “Essa nota fiscal precisa ser creditada por entidades como a Central de Custódia, que dão o aval para que elas sejam entregues no plano anual de logís- tica reversa, observando se essas notas fiscais não se contradizem”, afirma Soler. EVOLUÇÃO DA CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL O que se pode observar agora é que houve uma evolução da sociedade em relação à conscienti- zação ambiental. Aparentemente as pessoas e as empresas se mostram mais interessadas sobre os danos que estão sendo causados ao planeta e

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