Móveis de Valor - Edição 216
50 moveisdevalor.com.br O brasileiro vem acumulando dívidas desde o início da pandemia e o número de inadim- plentes, consequentemente, está cada vez maior, o salto, segundo o Serasa, foi de 61,4 mi- lhões para 64 milhões de inadimplentes no Brasil, entre 2020 e 2021. E o varejo é um dos setores que mais sofre com isso, já que a prioridade do cidadão é pagar suas contas básicas, como água, luz, telefo- ne e aluguel, deixando as dívidas varejistas lá para o final da lista, afinal, elas não têm juros tão altos como os de cartão de crédito, por exemplo. Por isso mesmo, a recuperação de crédito se tor- nou algo corriqueiro nas empresas, já que esses atrasos no pagamento das dívidas geram um efei- to cascata preocupante para a saúde financeira da organização, impedindo investimentos. Cobrar semconstranger émais eficiente para o seu negócio A SAÚDE FINANCEIRA DO BRASILEIRO FOI BASTANTE AFETADA COM A PANDEMIA E CONTRAIR DÍVIDAS SE TORNOU A REALIDADE DE MUITA GENTE NÃO IMPORTA COMO VAI SER FEITO O CONTATO COM O INADIMPLENTE, MAS O IMPORTANTE É TRATÁ-LO DA MESMA FORMA DE QUANDO ELE CONTRATOU OS SERVIÇOS GESTÃO Agora vem a grande questão: como sua empresa cobra esses clientes? Se a resposta for por meio de conversas em tom de ameaça, saiba que essa é uma péssima escolha. Cerca de três décadas atrás, as dívidas eram motivo de um constrangimento mui- to grande, hoje o brasileiro entende que se endi- vidar é mais comum do que se imagina e nem por isso ele será ridicularizado perante a sociedade. “Antigamente as cobranças deixavam a pessoa muito constrangida, porque eram feitas por meio de cartas com um aviso já no envelope ‘comunicado importante’ ou por telefone, só que no caso daquelas pessoas que não tinham linhas telefônicas ou aparelhos celulares, até mesmo uma ligação para o vizinho servia como forma de relembrar a dívida e transmitir o recado”, co- Por Natalia Concentino, jornalista
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