Móveis de Valor - Edição 216

59 moveisdevalor.com.br conseguem ler esse pedido para fabricar o produto. Como essas máquinas são todas automatizadas, é possível trabalhar com essa singularidade e apro- veitar melhor o tempo, já que a nossa ideia não é produzir móveis em série”, explica Kodja. Por falar em valorização de tempo, outro aspecto interessante dos móveis da empresa é a forma como eles são montados, sem utilizar pregos e parafusos, pois se encaixam como se fossem peças de Lego. “Depois do início da pandemia nós nota- mos que algumas pessoas ficaram com receio de receber pessoas de fora do convívio em suas casas e, pensando nisso, desenvolvemos um dispositivo de encaixe para facilitar a montagem do produ- to. Mas, para aqueles que não querem fazer isso, oferecemos o nosso serviço de montagem”, acres- centa Guilherme Kodja. Quanto ao prazo de entrega, a Movêu dá até 30 dias corridos por conta de todos os processos en- volvidos na produção, já que a startup conta com parceiros e fornecedores na produção dos móveis seguindo exatamente as ideias e personalizações feitas pelos clientes. “E o feedback que estamos tendo é fantástico. Muitos citam a qualidade e o sentimento de pertencimento ao receber um móvel feito exclusivamente para ele”, completa Kodja. Segundo o cofundador da Movêu, o público que está em busca desses móveis personalizados per- tence às classes A e B, que valorizam o design, a personalização e sustentabilidade, e que possuem de 25 a 45 anos. APORTE MILIONÁRIO Recentemente, a Movêu recebeu investimento de R$ 1,1 milhão do GVAngels e da Poli Angels. Com o valor recebido, o cofundador conta que será possível remunerar melhor seus colaboradores e ir colocando outras ações em prática no futuro. “Iniciar uma empresa é como construir um barco no meio do oceano, no começo pode ser apenas um barco a remo, mas a ideia é se tornar um transatlântico”, compara Kodja. Ele usa essa reflexão para contar que a startup ainda está em processo de validação, onde vários aspectos são analisados e o momento certo é esperado para fazer investimentos em áreas como logística e entrega, por exemplo. “Por enquanto estamos usando o recurso para en- tender melhor os clientes, fortalecer nosso time, criar a nossa própria cultura, para podermos co- locar nossos valores em prática. No início a gente teve que pedir ajuda para muita gente, inclusive, um designer e não conseguimos remunerar todo mundo adequadamente, foi meio que uma cons- trução coletiva e um trabalho voluntário. Agora temos essa oportunidade”, comenta. E um desses valores citados por Guilherme é a sustentabilidade que, aliás, é algo trabalhado por ele mesmo antes do início do negócio. “Eu trabalhei emONG por quatro anos e vi um processo mais profundo e uma visão diferente sobre a sustenta- bilidade, e é isso que quero implantar na Movêu. Prezamos muito pela forma de tratamento da maté- ria-prima, sempre deve ser certificada, nosso MDF vem de madeiras de reflorestamento. Outro ponto importante é o uso da tecnologia na otimização da utilização dessas matérias-primas”, aponta. Além disso, o cofundador da Movêu conta que a cada móvel vendido uma árvore é plantada por eles em parceria com um projeto de refloresta- mento e também é feita a reciclagem das embala- gens em parceria com uma ONG. “Nós estamos muito confiantes em relação a este ano, acreditamos que as pessoas continuam queren- do cuidar e valorizar suas casas. 2022 deve ser um ano de vendas, validação e satisfação. E, para fina- lizar, gostaria de deixar meu agradecimento a todos que têm construído a Movêu ao longo desse quase um ano de atividades”, encerra Guilherme Kodja. RODRIGO PALANDI E GUILHERME KODJA, FUNDADORES DA MOVÊU, JUNTO DE SUA EQUIPE

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