Móveis de Valor - Edição 217
82 moveisdevalor.com.br E, falando em futuro, nos próximos meses o designer pretende tirar da gaveta alguns de seus projetos antigos, no entanto, ele explica que para isso acontecer ele precisa do apoio da indústria. “Para nós como designers é muito importante ter o apoio da indústria para produzir produtos com maior valor agregado, com design, mas ao mesmo tempo com linguagens da nossa cultura, então eu conto muito com empresas apoiando a gente nesse sentido”, comenta Erico, reforçando que dessa ma- neira tanto a indústria, quanto os designers, saem ganhando, porque os resultados serão de produtos com muito mais qualidade. “Uma das minhas me- tas é aproximar indústria e artesanato para que os produtos tenham um nível de qualidade e de excelência”, continua o designer, enfatizando que com essa união, todo mundo sai ganhando. Em relação ao mobiliário, Erico deixa um spoiler: “tem uma série de texturas, técnicas e objetos que eu tenho vontade de colocar para dentro do mobiliário para desenvolver algo inédito, algo que possa trazer essa brincadeira de remeter algo que a gente conhece, mas que ao mesmo tempo é diferente e está transposto em um objeto de uso diário”, adianta o designer. “Eu pretendo trazer essa forma de pensar os objetos para dentro do design brasileiro, eu acho que a gente tem muitas linguagens, muitos designers, mas que a maioria pensa muito na indústria e poucos pensam na relação com o artesanal e com o público”, analisa. O foco de Erico é desenvolver produtos que além de interessantes e sofisticados, possam também ser acessíveis as pessoas e, claro, repre- sentar aspectos da cultura e enaltecer valores. BANCO IVY DE ERICO GONDIM PARA ERICO, UNIR ARTESANATO A CONFECÇÃO DE MÓVEIS RESULTA EM PEÇAS INÉDITAS “Disseminar a cultura nordestina é essen- cial. Eu já trago essa essência sem precisar, de fato, enaltecê-la, porque ela já está dentro do meu DNA. Então, quer queira, quer não, eu já estou trazendo. Dissemi- nar o Nordeste é um dos meus principais propósitos com meu trabalho”, finaliza.
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