Móveis de Valor - Edição 218
94 moveisdevalor.com.br VOOS MAIS ALTOS No final dos anos 1980, Dr. Hélio Silva estava convicto que a região Sul era estratégica para a Castor e tirou do papel a construção de uma nova unidade. Escolheu a cidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, distan- te pouco mais de 800 quilômetros de Ourinhos. Ele ia com frequência acompanhar as obras e foi numa destas viagens que, ao retornar para casa, aconteceu o acidente que o vitimou. Nessa hora, o filho Henilson Silva, enge- nheiro agrônomo de formação, deixou de atuar na área de agronegócios da família para ajudar na continuidade ao trabalho do pai na indústria. “Tinha 24 anos quando assumi Passo Fundo, mas não po- díamos interromper o sonho dele. Fiquei seis anos moran- do lá. Atualmente, sou o responsável pela fábrica gaúcha, ajudo na fábrica de Ourinhos e sou responsável pelas lojas,” informa o empresário. Uma década depois, em 2000, foi inaugurada uma segun- da unidade, em Juiz de Fora, Minas Gerais. Outra fase que assinala um novo ciclo expansionista da Castor são os primeiros anos da década de 1990, tendo como pano de fundo o início do programa de libera- lização das importações, com a redução de tarifas e a extinção da lista de produtos com emissão de guias de importação. O Brasil estava pronto para receber um banho de tecnologia. Era o momento certo para atuali- zar o passaporte e agendar viagens para conhecer o que havia de melhor lá fora. A partir de 1992, Helio Antonio começou a desembarcar em vários países levando na bagagemmuita curiosidade. Come- çou visitando feiras. A primeira foi em São Francisco, junto de seu irmão, Henilson Silva. Lá, eles viram que o pessoal bordava tecidos de uma forma diferente e aqui no Brasil quase ninguém usava. Era o matelassê. Na volta, recrutaram uma bordadeira e, com o apoio de ummecânico, consegui- ram fazer ummatelassê mais grosso, acima de 2 centíme- tros, para dar impressão de colchão americano e europeu, usando ferramentaria própria. “Tínhamos um modelo, o San Reno D28, de 15 centíme- tros de espessura, campeão de vendas nas Pernambu- canas e fizemos ele com 22 centímetros e com bordado. Poucos fabricantes acreditavam nesta aposta. Muitos achavam que não iria vender, mas o nosso deu muito certo. Pensei: temos que seguir os modelos americanos e europeus”, recorda Helio Antonio. O próximo visto de desembarque do empresário foi na Suíça. UNIDADE INDUSTRIAL EM OURINHOS-SP HENILSON SILVA, DIRETOR EXECUTIVO HEDENISE SILVA, DIRETORA FINANCEIRA ESPECIAL
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