Móveis de Valor - Edição 219
28 moveisdevalor.com.br E m 1987, o Brasil não tinha reservas suficien- tes para pagar as importações. A prioridade eram os compromissos firmados com organis- mos internacionais. Com dívida externa e inflação nas alturas, o governo suspendeu a emissão de Guias de Importação, cortando as compras exter- nas pela metade. Todas as operações de câmbio passaram pelo crivo do Banco Central, ou seja, qualquer pedido dependia de autorização. Caso a solicitação fosse negada - o que acontecia com a esmagadora maioria – ia direto para a gaveta. Algo semelhante acontece na Argentina hoje, situação que, de modo direto, atinge o setor EXPORTAÇÕES Por Guilherme Arruda, jornalista convidado Argentina aperta o cerco para conter importações de móveis GOVERNO PORTENHO ADOTA REGRAS DE PROTECIONISMO PARA IMPEDIR A EVASÃO DE DÓLARES QUEDA DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE MÓVEIS PARA O PAÍS NESTE SEMESTRE É INEVITÁVEL moveleiro brasileiro, em especial, empresas que costumam exportar boa parte dos seus produtos para a classe média do país vizinho. Com os juros beirando os 70% ao ano, uma inflação que deve chegar a 100% em dezembro, e a diminuição gradual do poder de compra da população, a pre- ferência daqui para a frente tende a ser por um mobiliário de padrão mais elevado. Segundo maior destino das exportações brasilei- ras de móveis (atrás apenas dos Estados Unidos), a Argentina pode até correr o risco de perder a sua posição histórica, embora ainda guarde uma distância confortável sobre os pretendentes Chile,
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