Móveis de Valor - Edição 219
38 moveisdevalor.com.br Por Guilherme Arruda, jornalista convidado Setor reduz o número de fábricas em uma década NA CONTRAMÃO DO CRESCIMENTO POPULACIONAL E DE DOMICÍLIOS ENTRE 2011 E 2020, O CENSO MOVELEIRO DO IBGE REVELA RETRAÇÃO DE UNIDADES EM 5,6%, ALÉM DE EMPREGO E RENDA D urante dez meses por ano, os cerca de 21 mil moradores com residência fixa na bela Bom- binhas, em Santa Catarina, tem a cidade toda para si, mas basta se aproximarem o Ré- veillon e o Carnaval para o sossego desaparecer com a chegada de cerca de 300 mil pessoas. Em 2011, havia aproximadamente 15 mil residências, montante que na prática dobrou em uma déca- da devido a explosão da construção civil e, como desdobramento, a procura por móveis. Bombinhas está entre os 5.570 municípios bra- sileiros que obtiveram o maior percentual de crescimento de unidades industriais de móveis criadas entre 2011 e 2020, conforme o Censo realizado pelo IBGE. No intervalo de dez anos ECONOMIA o total de empresas no balneário quase quin- tuplicou, somando 13 no fim do período. Essa porção está longe de ter a magnitude afamada de outros polos moveleiros, mas ainda hoje se percebe certa lentidão para atender a demanda que não para de crescer. A construção civil impulsionou o aumento de fábricas em Bombinhas e em outras 795 cidades, das quais 38% fazem parte de um grupo que teve taxas excepcionais de registro de novas unidades na década. É o caso de Americana e Valinhos, ambas em São Paulo, Ibirama (SC), Eusébio (CE), Campo Grande (MS), Caldas Novas (GO), Sabáudia (PR) e Santa Cruz do Sul (RS), entre outras. Embora não sejam grandezas abundan-
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