Móveis de Valor - Edição 219
47 moveisdevalor.com.br traz é a designer de produtos e arquiteta, Adélia Covre. Segundo ela, o desafio hoje é que as indústrias estão “na mão” dos fornecedores que, por sua vez, não estão investindo o suficiente em tecnologia para móveis. “A indústria até pode ter boas ideias, mas não encontra material para executar”, explica a especialista. Segundo Adélia, é urgente a necessi- dade de fornecedores e indústrias de mobiliário romperem definitivamente com velhos conceitos visando adap- tarem-se a essa nova realidade que desponta diante de nossos olhos. Além disso, ela acredita que o mobiliário do futuro deverá ser cada vez mais multi- funcional e ter como premissa a otimi- zação dos espaços. “Deverá também, agregar tecnologia para atender esse público da atualidade que está cada vez mais atrelado às inovações tecnológicas oferecidas”, finaliza a arquiteta. OUTRAS TENDÊNCIAS O designer e arquiteto Tiago Curioni, que atualmente mora em Portugal, destacou outras tendências que ele analisa no mercado estrangeiro em relação à produção de móveis. Segundo ele, um dos movimentos mais fortes e que está crescendo cada vez mais é o uso de materiais sustentáveis. “O consumidor está começando a ficar atento ao que está na etiqueta do produto e qual a origem daquelas matérias-primas”, comenta o designer. Curio- ni também destaca a reutilização de mobili- ários, “as marcas vão começar a recomprar seus produtos, revitalizá-los para colocar à venda novamente”, afirma. De acordo com o especialista outra tendência é o fortalecimento dos programas de descarte, “essa é uma responsabilidade primeiramen- te do fabricante, que deve pensar em como o consumidor irá descartar esse produto”, comenta Curioni, destacando que esse tipo de programa conta muito na hora dos consu- midores fecharem uma compra no exterior. Outro ponto importante citado pelo arquiteto é que as pessoas vão comprar cada vez menos e pensar em alugar produtos cada vez mais por- que migrar de cidade e de país é uma tendên- cia em crescimento. “Não vale a pena você ter um sofá que terá que carregar de um lado para o outro, vale muito mais alugar, usar enquanto precisa e depois devolver”, explica Curioni. O especialista destaca também que atual- mente menos é mais. Ou seja, as pessoas es- tão percebendo que quanto mais simples for o design do produto, mais ele será durável, pois nunca “sairá da moda”. “A simplicidade faz com que os itens se tornem mais duráveis, afinal, coisas que estão na moda hoje podem não fazer mais sentido daqui alguns anos”, observa Curioni. Por fim, ele reforça a impor- tância da eficiência dos produtos. “Os itens devem sempre entregar mais do que prome- tem, pois o cliente precisa ser surpreendido. As marcas precisam se preocupar em encan- tar os consumidores”, finaliza. INOVAÇÃO E TECNOLOGIA SÃO ALIADAS NA OTIMIZAÇÃO DE ESPAÇOS PEQUENOS REPRODUÇÃO: IDEALISTA/NEWS
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