Móveis de Valor - Edição 220
17 moveisdevalor.com.br RONALDO METIACA, PROPRIETÁRIO DA MEGA CONSULTORIA E-COMMERCE deste ano alcançou R$ 4,42 bilhões. Já suas lojas físicas, que no 2º trimestre de 2021 faturaram R$ 2,8 bilhões, no mesmo período de 2022 chegaram a faturar R$ 3,55 bilhões. A mesma tendência foi verificada na Via, que no 2º trimestre de 2021 fa- turou online R$ 4,53 bilhões e no mesmo trimes- tre de 2022 teve uma receita de R$ 3,53 bilhões. Em contraponto, suas lojas físicas, que no 2º trimestre de 2021 faturaram R$ 4,81 bilhões, esse ano chegaram a R$ 5,45 bilhões. E com a Mobly não foi diferente. A marca, que através de seu e-commerce chegou a lucrar R$ 212,7 milhões no 2º trimestre de 2021, esse ano o resultado chegou a apenas R$ 148,3 milhões através deste canal. Já suas lojas físicas, que no mesmo período de 2021 faturaram R$ 34,7 milhões, no 2º trimestre de 2022 alcançaram receita de R$ 59,5 milhões. Mas, mesmo perdendo o impulso trazido pela pandemia, o e-commerce se mantém como um importante canal de vendas e continua crescendo, porém de maneira menos acelerada. Só em julho de 2022, o Relatório Setores do E-commerce no Brasil, desenvolvido pela Conversion (agência de SEO), apontou que o comércio eletrônico brasilei- ro teve alta de 5,29%, impulsionado especialmen- te pelos segmentos de Varejo (+6,3%), Cosmé- ticos (+11,9%) e Turismo (+14,3%). A pesquisa também revelou que sites e aplicativos de e-com- merce somados tiveram 24,3 bilhões de acessos nos últimos 12 meses. Ou seja, chegou a hora do varejo entender que essa não é uma conversa de e-commerce versus lojas físicas, mas sim: e-com- merce mais lojas físicas. E, o que os especialistas têm apontado é que as marcas precisam ser cada vez mais omnichannel para conseguirem conci- liar lojas físicas e e-commerce de forma que esses dois canais de venda se complementem. “Neste momento não temos crescimento no e-commerce. Deu uma baixada, inclusive no que se faturava antes da pandemia. De qualquer forma, permanecemos ‘de olho’ na venda onli- ne porque temos uma visão de um crescimento ainda maior no futuro”, comenta Ronaldo Me- tiaca, proprietário da Mega Consultoria E-Com- merce, empresa especializada em preparar as indústrias para este segmento. E, apesar da atual diminuição das vendas online, Ronaldo enfatiza que continua recebendo feedbacks positivos dos empresários que investiram na área. “Todos estão satisfeitos porque de alguma forma ga- nharam relevância e cresceram”, destaca, lembrando que sua empresa segue evo- luindo e, a médio e longo prazo, a ideia é investir ainda mais. “Tem muita coisa nova a se fazer, o próprio e-commerce, como é muito jovem, tem muita coisa para evo- luir dentro do próprio processo”, explica o empresário. “Não dá nem para querermos fazer um plano ou traçar uma meta para outros objetivos além dele, porque ele por si só já é grandioso e nós temos muito a apren- der”, conclui Ronaldo. OS DESAFIOS DO E-COM- MERCE DE MÓVEIS É fato que, por ser um canal relativamente novo, que só ganhou força depois de 2020, o e-commerce traz muitos desafios para as empresas que de- cidem se inserir nele. E, segundo Thiago Sarraf, especialista na área, para o setor moveleiro as vendas online são ainda mais desafiadoras. “O nicho de móveis e decoração ainda sofre muito com a questão da experiên- cia física, especial- mente quando falamos em sentir o material e suas medidas”, explica Sarraf. No entanto, ele alerta: “Em 2019 as
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