Móveis de Valor - Edição 220

47 moveisdevalor.com.br componentes de madeira para abastecer os 30 principais fabricantes de armários de cozinha, cuja produção diária oscila entre 500 e 10 mil peças. Até eclodir o Covid, Tim buscava o que precisava em seu próprio país, além do Canadá, México, Rússia, China, Vietnã, Malásia, Indoné- sia e Camboja. “Agora estamos buscando forne- cedores na América do Sul”, informa. Por mês, ele importa entre 10 e 20 contêineres de componentes de madeira maciça, que so- mam US$ 15 milhões por ano. Basicamente, são componentes de eucalipto e outras espécies de madeira dura, além de peças de gaveta revestidas com UV para a indústria de armários de cozinha. Tim prefere não falar sobre planos relacionados a futuras importações do Brasil, mas reforça que o móvel brasileiro precisa ser adaptado para aten- der o gosto americano. O ritmo médio de crescimento das exportações brasileiras para os Estados Unidos foi de 17% ao ano entre 2012 e 2021 para o período entre ja- neiro e agosto. Nesse ano, totalizaram US$ 244,4 milhões, crescimento de 10% sobre o ano passa- do e três vezes maior do que em 2013. O mérito por 58% desses embarques cabe intei- ro no polo catarinense, que mandou US$ 142,5 milhões. Dois terços saíram de São Bento do Sul, US$ 93,4 milhões, 32,5% acima de igual período do ano passado. Além do quinteto formado por São Bento do Sul, Caçador, Campo Alegre, Frai- burgo e Rio Negrinho, chama a atenção cidades como Timbó, Lages e Anchieta que ensaiam uma arrancada ascendente para a terra do Tio Sam. Aqui vale um parêntese: embora 2021 tenha sido o melhor ano da última década para o polo catari- nense nas operações com os Estados Unidos, chama atenção o fato de que nos últimos quatro anos a participação relativa em relação ao total embarcado pelo Brasil caiu de 66,5% em 2015 para 59,7% ano passado, 6,8 pontos percentuais a menos, espaço ocupado pelo Rio Grande do Sul, São Paulo e Mi- nas Gerais. Todos eles avançaram no período. E se o ritmo médio de crescimento das vendas totais para os EUA foi de 17% ao ano na década encerrada em 2021, para o período entre janeiro e agosto, no polo paranaense foi de 42,6% ao ano. TIM DUNN É DIRETOR DA SPECIFIED COMPONENTS COMPANY, DOS EUA A participação que em 2018 era de 3,5%, subiu para 6% três anos depois. Considerando os oito meses desse ano, o Paraná exportou US$ 14,3 milhões para os EUA, aumento de 5,6% sobre 2021 e duas vezes o volume de 2018.

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