Móveis de Valor - Edição 221

16 moveisdevalor.com.br porque durante a obra os ambientes já são pensa- dos levando em consideração os espaços e medidas adequados, enquanto na reforma as adaptações exigem maiores alterações dos espaços. “Por isso, projetar todos os ambientes contemplando aces- sibilidade, além de permitir o acesso e a perma- nência de todas as pessoas, evita a necessidade de grandes reformas quando esse ambiente precisar de adaptações mais específicas”, enfatiza Carolina. Para a arquiteta, a solução para tornar os am- bientes mais adaptados está em utilizar a tecno- logia como aliada. “Para pessoas que apresentam deficiência motora podemos utilizar nos móveis sistemas elétricos de regulagem de altura, que proporcionam ao usuário adequação com con- forto, de acordo a sua necessidade, de maneira fácil, prática, segura e permitindo autonomia”, exemplifica Carolina, observando que hoje esses sistemas já estão presentes em mesas de traba- lho, bancadas de banheiro, bancadas e armários de cozinha, dormitórios e salas. “Já para pessoas cegas ou com baixa visão trabalhamos muito com os acabamentos utilizando contraste de texturas e cores que atribuem aos móveis também a função de sinalizadores, que visam localizar e informar as pessoas com deficiência visual sobre o ambien- te ao seu redor”, destaca a arquiteta. O engenheiro civil e CEO da BioEng projetos, Norton Mello, concorda com Carolina. Especia- lista no desenvolvimento de projetos para resi- dências, ambientes de trabalho e clínicas aces- síveis para pessoas com deficiência, ele defende que o fundamental é entender as necessidades de cada pessoa. “A gente tem que pensar em adaptar os espaços para que eles possam não só acolher, mas também compensar qualquer tipo de limitação”, enfatiza Mello. “Se a pessoa tem um decréscimo de acuidade visual, então eu vou aumentar a luminosidade dos ambientes. Já se a pessoa tem deficiência motora eu vou aumen- tar a largura e modificar o sentido de abertura das portas e trocar até mesmo a maçaneta para uma de alavanca, ao invés de uma redonda”, exemplifica o especialista. Para Mello, o setor moveleiro precisa observar que existem várias deficiências e que devem ser supridas ou compensadas por modelos de mobi- liário. “Por exemplo, uma pessoa idosa precisa de UM BANHEIRO ACESSÍVEL PRECISA TER PISO ANTIDERRAPANTE, BARRAS JUNTO AO SANITÁRIO E NO BOX, BANCADA MAIS BAIXA E SEMMOBÍLIAS EMBAIXO BANHEIRO ACESSÍVEL DESENVOLVIDO PELA ARQUITETA CAROLINA DANIELIAN

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