Móveis de Valor - Edição 221

31 moveisdevalor.com.br HENRIQUE SILVEIRA, UM DOS FUNDADORES DA BABY PROOFERS A SEGURANÇA DE UM QUARTO INFANTIL VAI MUITO ALÉM DO CUMPRIMENTO DAS NORMAS DA ABNT ORIENTAR COMPRADORES SOBRE USO CORRETO DOS MÓVEIS INFANTIS É ESSENCIAL PARA PROMOVER MAIOR SEGURANÇA ÀS CRIANÇAS berço, permitindo que a criança, ao virar-se, tenha ficado presa com a cabeça neste espaço. Esse caso reacendeu os debates sobre a segurança dos móveis infantis, reforçando a importância de se atentar aos mínimos detalhes quando o assunto é o quartinho do bebê. Henrique Silveira, um dos fun- dadores da Baby Proofers, empresa especializada em segurança infantil em casa, acredita que apenas seguir as normas da ABNT não é o suficiente para garantir a segurança dos móveis infantis. Segundo ele, somente quando o produto correto está sendo usado da forma correta, e no lugar correto, é possível afirmar que ele é suficien- temente seguro. “Hoje, as normas da ABNT somente certificam o primeiro ponto (produto correto e seguro), mas falta ensinar os respon- sáveis pelo bebê qual a forma correta de usá-lo e onde devem instalar”, explica Silveira. “Usando o exemplo do berço: os familiares às vezes colocam um colchão de medidas erradas, que foi comprado em outra loja, amarram protetores de berço, colocam itens como brinquedos, cobertores e outros objetos perigosos por falta de instrução e, até mesmo, esquecem de subir a altura da grade a medida que o bebê cresce”, conta o fundador da Baby Proofers, enfatizando que todos esses são casos em que mesmo que o produto original seja seguro o mau uso pode favorecer um acidente. Outro ponto destacado por Silveira é o lugar onde os móveis são instalados. “Um berço segu- ro com todas as normas ABNT, que esteja perto de uma janela sem rede é muito perigoso. Isso vale para um armário grande que esteja solto sem fixar na parede. Sempre temos que avaliar o móvel no contexto de todo o quarto”, afirma o especialista. Ainda segundo ele, quase 90% dos acidentes infantis em casa são evitáveis. “É um número muito alto. E o problema não é a falta de vontade das famílias e sim a falta de infor- mação”, comenta Silveira, acrescentando que, para mudar essa realidade, um dos primeiros passos deve ser dado por parte dos próprios fabricantes e varejistas de móveis infantis. “Primeiramente, eles precisam colocar as orientações de uso adequado e segurança do móvel mais fáceis de serem encontradas”, expli-

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