Móveis de Valor - Edição 221

32 moveisdevalor.com.br DIÓGENES CASTRO, GERENTE DE VENDAS DA CAROLINA BABY RICARDO CARGNIN, FUNDADOR E DIRETOR GERAL DA LUDIKA MOBÍLIA ca Silveira, lembran- do que essas infor- mações costumam estar em manuais de instrução longos e que quase nenhum familiar lê. “É pre- ciso colocar isso em mais destaque, seja na embalagem ou em papel separado, para que a família saiba dos riscos que exis- tem se usar o produto de forma inadequada ou com peças que não sejam de fábrica”, continua o especia- lista, adicionando que essa prática já é frequente em produ- tos desenvolvidos nos Estados Unidos (eles usam um f lyer dentro da embalagem com as medidas de segurança recomendadas). Além disso, Silveira defende que os fabri- cantes e varejistas de móveis infantis também precisam se atentar em ensinar, ou ao menos reco- mendar, os lugares mais adequados para colocar o móvel. “Não podemos vender um berço, armário ou cadeirinha sem avi- sar que não se pode colocar perto de uma janela, muito alto, na beira de uma escada ou algo semelhante”, afirma o especialista. Para Diógenes Cas- tro, gerente de ven- das da Carolina Baby, RAFAEL CORREIA, DIRETOR COMERCIAL DA MÓVEIS PEROBA para evitar acidentes, a primeira orientação que deve ser feita aos consumidores na hora da compra diz respeito à medida interna do berço e do colchão. “Existem apenas duas medidas para berços e colchões, a primeira é 130cm x 0,70cm e a segunda 130cm x 0,60cm. É preci- so orientar os clientes a comprarem sempre o colchão com a medida correta para o tamanho do berço”, explica o gerente de vendas. “Outras orientações dizem respeito ao uso, como retirar o plástico que envolve os colchões, não colocar brinquedos ou almofadas dentro dos berços (os bebês podem usar como apoio ou trampolim para saírem do berço) e não montar o berço próximo de janelas, sob incidência de raios solares”, comenta Castro, reiterando que há também uma recomendação quanto a idade de uso dos berços para até 18 meses, para evitar que a criança pule do móvel. O gerente de vendas concorda que para promo- ver mais segurança quanto ao uso dos móveis infantis, é importante que fabricantes e varejis- tas produzam mais conteúdo sobre esse tema, informando sobre a importância de não colo- car nada dentro do berço além do colchão, do travesseiro e do cobertor, “qualquer coisa além dessas pode incorrer em algum tipo de risco para os bebês”, informa Castro. Ricardo Cargnin, fundador e diretor geral da Ludika Mobília concorda que as normas de produção de móveis infantis são fundamentais para a segurança e a confiabilidade dos pro- dutos, mas que elas não contemplam todos os riscos que um berço ou uma cama infantil po- dem oferecer. “É fundamental a análise desde o desenvolvimento do produto até a sua obser- vação de uso”, afirma Ricardo. “Acredito que as primeiras orientações já devem ser feitas entre fornecedores e varejistas. E, posteriormente, entre o varejista e o cliente final”, comenta o diretor, reforçando a importância de os pais levarem em consideração o perfil da criança na hora de comprar um móvel. Atentas à importância de discutir sobre a segu- rança dos móveis infantis, a Móveis Peroba tem feito um movimento em relação a divulgação de orientações e informações sobre o uso dos itens comprados para crianças. “Utilizamos larga-

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