Móveis de Valor - Edição 221

34 moveisdevalor.com.br CÉZAR FIGUEREDO, DESIGNER E FUNDADOR DA VENTINA DESIGN BANCO INFANTIL DESENVOLVIDO PELA VENTINA DESIGN para 3,20%, uma diminuição de 37,25%, é preciso pensar na importância de manter esse mercado cons- tantemente em bus- ca de inovação para conseguir recuperar o potencial perdido. Especialmente porque, ao observar todos os segmentos do setor moveleiro, este é o que mais tem perdido espa- ço no mercado. É claro que, com o passar dos anos, ob- servamos uma ten- dência de as famílias optarem por menos filhos, saindo de uma taxa de fecundidade de 2,3 filhos nos anos 2000 para 1,9 filho por mulher brasileira em 2022. E, se o número de filhos diminui é fato que o potencial do mercado irá diminuir também. No entanto, é importante pensar também que com menos filhos os pais podem investir valores mais altos na criação dessa criança. Portanto, chegou a hora do setor de móveis infan- tis começar a pensar em maneiras de recuperar seu potencial através de móveis mais tecnológi- cos, inovadores e principalmente: opções mais duráveis, que possam interagir com a criança e crescer junto com ela. Dessa maneira, os pais poderão voltar a enxergar o valor agregado de cada produto, observando que aquele item pode ser utilizado por muito mais tempo do que apenas nos primeiros meses de vida da criança, além de poder ser utilizado de diversas formas. “Interatividade e ludicidade são fundamentais para o desenvolvimento infantil. Auxiliam no desenvolvimento motor, no entendimento espacial e criammecanismo de independência da criança dentro do seu espaço”, explica Cézar Figueredo, designer e fundador da Ventina Design, marca es- pecializada no desenvolvimento de móveis e objetos lúdicos para crianças. Segundo ele, levando em con- sideração que a Geração Alpha (nascidos a partir de 2010), tem contato com aparelhos celulares desde seus primeiros meses de vida, é preciso pensar em maneiras de criar para essas crianças ambientes que as estimulem para além das telas. “Quanto mais mono-funcional ou sem estímulos um pro- duto é, menos a criança vai se interessar por ele. Ela vai explorar algumas vezes e deixar de lado. Para criar mais interesse é preciso desenvolver produtos com diversas interfaces, que permitam que a criança os explore de várias formas”, comen- ta Figueredo, acrescentando que desenvolver um quarto estimulante é essencial para despertar o interesse dessa geração. Ainda segundo ele, os móveis de um quarto infantil devem ser um meio de estimular o desen- volvimento e a criatividade da criança. “Eles são elementos de contato imediato com as crianças, têm a capacidade de serem cenários, transformados pela imaginação e conseguem estimular o desenvol- vimento delas através de seu uso”, destaca o funda- dor da Ventina. “Óbvio que eles cumprem funções específicas para o dia a dia, mas se pensarmos neles como interface, como uma camada exploratória para o universo infantil, conseguimos agregar a essa

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