Móveis de Valor - Edição 221

39 moveisdevalor.com.br pintura, da decoração e dos acessórios. Ainda não há necessidade de troca da mobília, a não ser do berço para a cama. Aos seis anos, a criança entra para a fase escolar, sendo interessante que o espaço tenha itens que estimulem a aprendizagem e o desenvolvimento do conhecimento. Outro momento importante para repensar uma mudança é a pré-adolescên- cia, quando o jovem vai criando cada vez mais a sua identidade e já faz suas próprias escolhas. “Esse é o grande ‘pulo’ da mudança, da fase in- fantil para a adulta”, salienta Renata. Seja qual for a escolha dos pais, ela deve levar em consideração as características das crianças, res- peitando cada fase e as necessidades relacionadas a elas. Antes de pensar em decoração e itens da moda é necessário respeitar a individualidade. Com relação à iluminação, a psicóloga ressalta que medo é muito mais dos pais e vai sendo re- passado para os filhos. “A questão da luz acesa, da meia luz, vai mostrando para a criança que o escuro é ameaçador. Essa é uma questão emo- cional que precisa ser trabalhada nos pais. Eles sabem e devem mostrar para seus filhos que é possível dormir com as luzes apagadas”, frisa. Além disso, de acordo com ela, as indústrias precisam repensar o design dos chamados “cantos secos” nos móveis infantis. “Tais móveis precisam atingir seus objetivos, que é transmitir segurança. Por óbvio que outros móveis, como mesas, racks, estantes, não são planejados pensando em crianças pequenas, o que faz com que os pais preci- sem redobrar os cuidados, principalmente quando a criança começa a caminhar. Mas o quarto dela é um espaço onde o plane- jamento precisa ser completo. Eu sempre digo que assim como tapetes não combinam com idosos, cantos secos e alguns modelos de tomadas não combinam com crianças”. Para finalizar, Renata deixa uma men- sagem: “Quando a criança é estimulada a dormir em seu próprio quarto, esse movimento favorece sua independência emocional, desenvolvendo o sentimento de que ela está segura, mesmo quando afastada dos pais”. CRIANÇAS NÃO DEVEM TER MEDO DE DORMIR NO ESCURO RENATA RIGON CIMADON, PSICÓLOGA

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