Móveis de Valor - Edição 221

51 moveisdevalor.com.br PEDRO GONÇALVES JR., DIRETOR DA PATNER MARTIN RICARDO SCHULZ, PROFESSOR DA FGV ESTRATÉGIA BOA É A QUE PODE SER EXECUTADA PARA SE ALCANÇAR O OBJETIVO VISÃO DO NEGÓCIO Estratégia no mundo empresarial pode ser inter- pretada como uma ação (ou várias) de combate que visam atingir objetivos propostos no plane- jamento. Não há concordância em torno de uma definição única sobre o tema. Há várias que se cruzam com visões acadêmicas. Qual é o objeti- vo de uma empresa, pergunta Martin Ricardo Schulz, mestre em Gestão de Negócios na França, EUA e Brasil, e professor da FGV. “Preservar a visão de futuro. Isso é planejamento. Estratégia é o desdobramento”, explica. Planejamento Estratégico é uma atividade que congrega, a partir de uma visão de futuro, valores que a empresa carrega, acredita e persegue. “A visão do negócio define a empresa no aspecto estratégico. Usando uma árvore como metáfora, ela fica na raiz, não costuma ser vista”, compara Martin. “Planeja- mento Estratégico reúne todas estas forças que se desdobram em objetivos que, por sua vez, servem de base para a elaboração das estratégias”, ensina. O segredo é definir um número reduzido de estratégias por objetivo. “É recomendável sele- cionar no máximo três objetivos por ciclo estra- tégico para priorizar o que, de fato, é prioridade – desculpe a redundância”, diz Martin. “Não pode fazer tudo ao mesmo tempo. Escolha os mais fa- cilmente atingíveis, financeiramente viáveis e que exigem menos alocação de esforços internos para poder continuar com a operação. Concluídos os objetivos, se faz avaliações para ver se a empresa atingiu outro patamar”, clarifica. Planejamento estratégico funciona para toda empresa e não para áreas específicas, embora to- das tenham representatividade no planejamen- to. “Não se faz para uma em detrimento das ou- tras, e isso acontece com frequência. Precisa ter conectividade”, destaca Martin. É comum ouvir falar em planejamento estratégico de marketing, mas no fundo se trata de um plano, um plano de marketing”, desvenda. “E outra coisa: estratégia de marketing não mede o ROI dessas ações”. IMPLEMENTAÇÃO, OPONTONEVRÁLGICO Uma etapa fundamental para a formatação do planejamento estratégico é identificar cenários, utilizando alguns instrumentos de avaliação, como a matriz SWOT, que coleta dados a partir de infor- mações sobre oportuni- dades, ameaças, forças e fraquezas, dentro e fora da empresa. “É im- portante ter emmãos bons estudos para ter uma base confiável para desenhar a estra- tégia”, chama a atenção Pedro Júnior, lembran- do que alguns temas costumam ficar de fora dessa análise, como ambiente jurídico, sus- tentabilidade, inovação, transformação digital e pessoas, entre outros. A partir daí são desen- volvidos os objetivos estratégicos para capi- talizar oportunidades e minimizar ameaças. Pontos fortes exigem estratégias que as me- lhorem ainda mais e as fraquezas são tentadas a serem superadas. A etapa seguinte é a avaliação e seleção de estratégias adequadas para atender os obje- tivos de longo prazo. Na eventualidade de mudança externa – alteração de legislações

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