Móveis de Valor - Edição 221

70 moveisdevalor.com.br zá-lo, e nunca, jamais, interpretar o limite de cheque especial como parte do capital de giro da empresa. Um endividamento muito elevado afetará a continuidade do negó- cio, pois quanto maior a dívida, mais difícil manter seus pagamen- tos em dia, portanto, evitar o endividamento deve ser uma preocu- pação constante do empresário, mas para evitá-lo não basta apenas se preocupar, é preciso agir. Deve-se utilizar de todos os recursos que uma boa gestão econômica e financeira fornece, antevendo situações desfavorá- veis, de modo a manter a empresa saudável e com equilíbrio financeiro. Uma boa prática a ser utilizada nos momentos de “vacas gordas” é manter parte dos lucros como reserva na empresa, ao invés de retirar todos os lucros possíveis. Esta reserva auxiliará a empresa em momentos de dificuldade financeira. Lembre-se, empresas organizadas, com um bom controle de gastos e um bom equilíbrio financeiro, dificilmente precisarão buscar em- préstimos junto a terceiros para complementar seu capital de giro. Empréstimos de capital de giro e os riscos ao negócio Q uando há necessidade de capital de giro, e a empresa não o dispõe, recorrer a em- préstimos bancários pode ser uma maneira prática e rápida de resolver a situação, porém esta solução aumentará as despesas financeiras e consumirá boa parte dos lucros. Ao buscar dinheiro em bancos para capital de giro, é preciso pesquisar quais os menores juros do mercado, de forma a minimizar este impacto. Também é pre- ciso avaliar se a empresa possui garantias futuras para quitar a dívida. Os empréstimos normalmente são contratados para quitação através de parcelamento, onde mês a mês é paga uma prestação composta parte pelo valor de principal (valor recebido pelo emprésti- mo), e parte pelo valor de juros (custo do emprés- timo). A quitação de cada parcela impacta dire- tamente no resultado da empresa, pois além de reduzir o lucro pelo aumento da despesa, ainda compromete o que sobrar, com os pagamentos do principal. Portanto, a empresa precisa ser capaz de suportar o valor da parcela gerada pelo em- préstimo. Além disso, se a empresa não dispuser de lucros suficientes, seu capital de giro tende a ficar ainda mais comprometido, encaminhando- -se para a necessidade de novos empréstimos. Mas a busca por empréstimos bancários não pode ser frequente. É preciso analisar as causas e procu- rar soluções apropriadas para o reequilíbrio finan- ceiro da empresa. Corrigindo os procedimentos da operação, ela deverá se manter com o próprio capital de giro, sem precisar recorrer a meios que farão as dívidas aumentarem ainda mais. Também é preciso ter muita cautela com a utili- zação de cheque especial bancário, pois este é um capital de giro com custo muito elevado de juros, e acabará por prejudicar ainda mais a situação fi- nanceira da empresa. O ideal é não precisar utili- ELIANE MARIA VIGNATTI, DA EVCONS CONSULTORIA EMPRESARIAL *Por Eliane Maria Vignatti, da EVCONS Consultoria Empresarial Ltda Por Eliane Maria Vignatti PARA MAIS DICAS ACESSE ARTIGO

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