Móveis de Valor - Edição 222

46 moveisdevalor.com.br produzia e vendida no passado. Se essa avaliação é correta, é bom pensar colocar um pé no freio da produção e o outro no acelerador de preços. Em resumo, não foi um ano bom para o setor, mas especialmente para as indústrias que desde 2017, no governo Michel Temer, não con- segue fechar um ano com produção em alta, a não ser que 0,1% em 2019 seja considerado bom. Fazer previsão não é tarefa fácil, princi- palmente com a turbulência política que ronda o País. Até o fechamento desta edição (04/12) a eleição ainda estava sen- do questionada por milhares de pessoas que continuavam na frente dos quarteis, buscando apoio dos militares. Mas, como fazemos o Mapa do Mercado desde 2001, não há motivos para deixar de fazer agora, principalmente porque os dados estão analisados acima e tudo o que pode variar é o humor dos consumi- dores, para mais ou para menos. O mercado moveleiro normalmente não é a vítima preferida nos maus momentos nem o privilegiado quando a economia vai bem. Compra móveis quem precisa porque até agora não conseguimos atrair o consumidor para que troque seus mó- veis por outros que “estão na moda”. Pelo menos ainda não. O estudo de mercado acompanhado pelo Instituto Impulso, uma Oscip sob os cui- dados do Intelligence Group, aponta para uma alta de 7,6% nos recursos disponí- veis para compra de móveis. É o que as famílias têm intenção de utilizar para a compra desse item de consumo. É um valor nada desprezível, de quase 85 bi- lhões que vai ser disputado não apenas com seus concorrentes no setor, mas com todos os demais itens que as pessoas irão comprar em 2023. Quer dizer, sem apelo na criação e sem eficiên- cia do varejista, parte deste dinheiro vai migrar para outras compras. Infelizmente. Por classe social, naturalmente a pirâmide é in- vertida, menos gente na classe A com mais con- sumo do que na D onde a população representa metade do total do País. A classe D, com 50,7% da população tem um potencial de 10,7%; a C, com 33,3% da população responde por 37,2% do consumo; a B, com 13,2% de brasileiros é a que tem maior potencial, com 39,6% e, final- mente a classe A, com apenas 2,8% de ricos, mas respondem por 12,5% do consumo. A gangorra aponta levemente para cima em2023

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